Os resultados operacionais da Algar Telecom no segundo trimestre (e no acumulado do semestre) apontaram uma alta nas receitas da operadora, amparada por um impulso do segmento B2B. Já a lucratividade da empresa caiu no intervalo.
De abril a junho, o faturamento líquido da Algar somou R$ 609,9 milhões, em alta anual de 5%. Nos seis primeiros meses de 2021, o salto foi de 4,3%, para R$ 1,204 bilhão.
Já o Ebitda da companhia mineira cresceu 1,3% no semestre – mas recuou 10,3% no segundo trimestre, totalizando R$ 254,7 milhões. A margem ficou em 41,8%, ante 48,9% no segundo tri de 2020.
"O menor nível do Ebitda e da margem em 2021 é resultado da retomada de projetos, ações e investimentos, que haviam sidos suspensos em 2020, diante da melhoria do ambiente de negócios no país. Com isso […], a Algar Telecom retomou a expansão de suas operações, com a preparação de 24 novas localidades de atuação, e a contratação de consultorias para apoiar alguns dos seus projetos estratégicos".
De fato, a estratégia impactou os investimentos: eles cresceram 44,1% no segundo trimestre, para R$ 137,4 milhões. E 9,7% no primeiro semestre, para R$ 274,2 milhões.
Lucro
Como reflexo, o lucro líquido da companhia também foi impactado: ele somou R$ 48,3 milhões no segundo trimestre, em queda de 43,4% em um ano. Já no acumulado do semestre, o lucro ficou em R$ 106,6 milhões, em recuo de 18,1%.
"O menor volume de lucro no período é decorrente da variação no resultado operacional, combinada com depreciações e amortizações 10,3% maiores e despesas financeiras 53,1% superiores que as do mesmo período do ano anterior", explicou a Algar.
Corporativo
Mais uma vez, o segmento B2B foi o destaque nos resultados da empresa. Sozinha, a receita da vertical cresceu 11,3%, para R$ 383,4 milhões – ou 63% do faturamento apurado entre abril e junho.
Ao todo, são 168,5 mil os clientes da empresa no segmento corporativo. Em um ano, essa base cresceu 17,3%. A Algar opera serviços B2B em 372 cidades de 17 estados mais o Distrito Federal.
No caso do segmento B2C (varejo), as receitas líquidas da operadora encolheram 4,1%, para R$ 226,5 milhões. Voz fixa (-13,5%) e voz móvel (-1,4%) contribuíram para o resultado.
Já a operação de banda larga da Algar cresceu 6,5%, para R$ 91,7 milhões no segundo trimestre. A base de clientes já está 85% em fibra óptica e soma 423 mil dos 503 mil clientes de banda larga até o fim de junho.
Por sua vez, o número de homes-passed (HPs) com fibra óptica também teve salto significativo (54,5%), alcançando 938,3 mil domicílios com acesso à infraestrutura.