(Atualização às 19:20) O Gired (grupo de implementação da interatividade), em reunião realizada nesta quinta-feira, 11, decidiu que os set-tops de TV digital a serem distribuídos aos beneficiários do Bolsa Família e do Cadastro Único dos programas sociais do governo federal será mais simples. Teles e radiodifusores defendiam que a caixa não tivesse o Ginga embarcado e adotasse uma configuração mais simples, mas o Ministério de Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações não ficou confortável com as alternativas jurídicas e defendeu uma proposta intermediária, com uma versão mais simples da caixa mas mantendo algum nível de interatividade e o Ginga embarcado. Teles e TVs aceitaram a nova configuração, mas sob protestos.
O problema é que a interatividade está estabelecida no edital de venda das faixas de 700 MHz, e uma mudança poderia trazer riscos jurídicos à Anatel e às teles, no entendimento do MCTIC.
Com isso, o novo set-top exigido pelo Gired deve ter interatividade, obrigando a inclusão do Ginga na configuração. A proposta que acabou aprovada foi de retirar alguns requisitos existentes hoje na caixa distribuída aos beneficiários do Bolsa Família, como porta de HDMI e de Ethernet, e incluir apenas a versão mais básica do middleware da interatividade, o Ginga NCL. Com isso, o custo do conversor cai de US$ 20 FOB para US$ 15,8 FOB, ou seja, redução muito menor do que os 50% esperados pelas teles. A nova formatação será tema de portaria a ser publicada pelo MCTIC.
Os radiodifusores e as teles entendem a posição do MCTIC, mas consideram o preço do set-top ainda muito alto, o que deve consumir grande parte dos R$ 3,6 bilhões dos recursos destinados para a digitalização. Os dois setores registraram protesto no Gired, defendendo a distribuição do conversor zapper para todos.
O diretor-executivo da Entidade Administradora da Digitalização (EAD), Antonio Carlos Martelleto, pondera que a interatividade tem se mostrado uma ferramenta pouco útil para os integrantes do CadÚnico, conforme mostrou pesquisa feita com esse público no município goiano de Rio Verde, primeira cidade que teve o sinal analógico desligado no Brasil. Ele acredita que, sem o Ginga, a distribuição da caixinha poderia ser ampliada.
Martelleto disse que essa questão da interatividade poderá ser reaberta no futuro. A ideia é fazer uma pesquisa em Brasília, após a digitalização, para confirmar o uso ou não dessa facilidade. Se os resultados forem semelhantes aos de Rio Verde – com menos de 1% de uso pelas famílias que receberam o conversor – o debate sobre a obrigatoriedade da interatividade deverá ser retomado.
A nova configuração da caixinha única prevê 2GB de memória flash e 256 MB de memória RAM. Não terá porta de HDMI e Ethernet, mas trará duas portas de USB. E virá com a incorporação do Ginga NCL, sem acesso aos aplicativos que usam a linguagem Java. O novo conversor será distribuído a partir de São Paulo, que tem o desligamento do sinal analógico previsto para 29 de março de 2017.
Pesquisa
Já a polêmica sobre a pesquisa para aferir o grau de digitalização de Brasília continua. Os radiodifusores reclamam de que o Ibope considerou todas as TVs de tela fina como aptas a receber a transmissão digital das emissoras abertas. Eles alegam que 32% dos televisores de tela fina vendidos no Brasil não dispõem do conversor embutido.
Considerando os aparelhos de tela fina como digitalizados, a pesquisa obteve o percentual de 74% dos lares de Brasília aptos a receberem a transmissão digital. Os radiodifusores dizem que a pesquisa foi inflada em 4 pontos percentuais por televisores que, teoricamente, não têm conversor embutido.
Martelleto, por sua vez, disse que a pesquisa mostra que apenas 7% das TVs de tela fina não têm conversor embutido. O Ibope chegou a fazer uma proposta intermediária, de retirar 2 pontos percentuais, considerando que cerca de 30% das telas finas pesquisadas não estão digitalizadas.
Os radiodifusores se comprometeram a discutir a proposta na próxima semana, durante a reunião do grupo de trabalho de comunicações (GT-COM), antes da decisão final que será aprovada no Gired. Pela norma de switch-off, o desligamento do sinal analógico só é possível quando 93% dos municípios estão digitalizados.
A matéria em cima apresenta apenas a versão da EAD, claramente contraria a decisão atingida ontem.
A linguagem NCL tornou-se , para este projeto dos conversores de sinal digital direcionadas aos públicos de baixa renda, com interatividade, foi confiormada.
Assim, a linguagem Java, que também e parte do Ginga foi excluída por questões de direitos.
Isto de modo algum significa que os receptores com perfil Ginga C que permite interatividade com canal de retorno ( foi aprovado a possibilidade de inclusão de pen-drives com WI-FI )
Deste modo, gostaria que a jornalista que tanto admiro e este site esp[ecializado pudesse não apenas promover as modificadores q
modificações que ja estão publicadas pela portaria assinada [elo Ministro Kassab como também ouvir as diversas fontes interessadas neste processo como, por exemplo, os agentes públicos.
Atenciosamente,
Andre Barbosa Filho
Conselheiro Suplente Radiodifusao
GIRED
ABEPEC