Entidades civis não fecham posição sobre quórum da Confecom

O impasse continua claro na organização da 1ª Conferência Nacional de Comunicação (Confecom). Enquanto o governo não consegue convencer as empresas a se manterem no debate, hoje foi dia de tentar angariar apoio entre as entidades representativas da sociedade. Mas, mesmo neste segmento não há consenso sobre o método que deve ser adotado para a construção das pautas. Assim, o encontro realizado nesta terça-feira, 11, entre as entidades e os ministros Franklin Martins (Secretaria de Comunicação Social), Luiz Dulci (Secretaria Executiva) e Hélio Costa (Comunicações) foi inconclusivo.
A conversa serviu, basicamente, para que o governo apresentasse a proposta de distribuir o peso dos votos em 40% para as entidades civis, 40% para as empresas e 20% para as representações governamentais. Esse método teria sido sugerido pelas empresas e aceito pelo governo como uma via para a negociação, evitando que as associações empresariais abandonem a organização da Confecom. Mas um aspecto intrigou os participantes do encontro.
Ao contrário do que foi dito pelos participantes da reunião entre empresas e governo na semana passada, o tão falado "quórum qualificado" não seria de 60% mais um, ou seja, com a participação mínima de todos os segmentos em todas as votações. O governo declarou às entidades civis que o quórum qualificado é de apenas 60%, sem qualquer tipo de veto. Dessa forma, se um determinado segmento se unir em torno de uma pauta e conseguir o apoio do governo, a proposta será aceita mesmo que contrarie todo o outro segmento.

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A ideia de uma espécie de voto mínimo de todos os segmentos envolvidos abriu caminho para que as empresas repensassem se realmente abandonarão o evento. A palavra final deve ser dada na próxima quinta-feira, 13, em nova rodada de negociações entre empresas e ministros. Ao menos duas associações, Telebrasil e Abra, ainda estariam cogitando permanecer na Confecom.
Sem acordo
Da parte das entidades civis, também há consenso com relação ao quórum de votação. Hoje, as entidades acabaram usando a mesma tática já aplicada pelas empresas: não apresentaram posição ao governo e pediram mais tempo para consultar suas bases antes de fixar uma opinião. Como o governo concedeu o tempo pedido pelas empresas, também acabou cedendo às entidades. O novo encontro poderá ocorrer na próxima semana.

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