Compera nTime propõe uso de USSD para transações bancárias no celular

Depois do SMS, do WAP e de aplicativos Java, mais uma tecnologia de comunicação pela rede celular surge para serviços de mobile banking: o USSD (Unstructured Supplementary Service Data). A Compera nTime/Yavox está lançando uma solução com essa tecnologia no Brasil. A integradora negocia com bancos e operadoras. A expectativa é de que um primeiro teste piloto seja iniciado em setembro com pelo menos um banco e uma operadora móvel, informou o diretor da área corporativa da Compera nTime/Yavox, Gustavo Risio.
O USSD permite uma conexão para envio de mensagens de texto através de canais de voz nas redes celulares. Embora pouco conhecida, não é uma tecnologia nova: ela é utilizada no envio de mensagens de saldo de pré-pagos ao fim de cada ligação. Todo celular GSM é capaz de receber essas mensagens e todas as operadoras brasileiras são capazes de utilizar USSD. As mensagens via USSD não são armazenadas nos aparelhos: elas ficam na tela enquanto durar a conexão. Em matéria de segurança isso representa uma vantagem sobre o SMS. Outra vantagem é que mensagens via USSD são mais rápidas, sendo menos sujeitas a atrasos por sobrecarga da rede, como costuma acontecer com SMS.
Através de uma ligação USSD, o usuário pode acessar serviços como verificação de saldo e extrato, transferências, pagamentos, aplicações, resgates. O USSD pode também substituir os "tokens" para autenticação de acesso usados por alguns bancos. Todo número USSD termina com #, para ser reconhecido pela rede móvel.

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Segundo Risio, a Compera nTime/Yavox trouxe a ideia de mobile banking via USSD do exterior. "Já há bancos lá fora que sequer têm agências: quase tudo é feito via USSD", afirma o executivo. A integradora brasileira fechou parceria com uma empresa da Malásia que forneceu o servidor da aplicação.
Modelo de negócios
Ainda não está definido como funcionará o modelo de negócios para serviços bancários via USSD no Brasil. Risio enxerga duas possibilidades: cobrança de assinatura mensal para uso ilimitado ou cobrança por conexão. Em uma conexão poderiam ser feitas inúmeras transações bancárias. O serviço seria cobrado pela operadora e a receita dividida com a integradora.
No futuro, o executivo acredita que o USSD poderia ser utilizado por bandeiras de cartões de crédito e de débito para mobile commerce, substituindo cartões de plástico.

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