Classe C tem destaque nos 20 anos da TV paga

A expansão das vendas para a classe C e a alta definição foram os temas dominantes no painel de abertura da ABTA 2009, que acontece de 11 a 13 de agosto no Expo Transamérica, em São Paulo, que comemorou os 20 anos da TV por assinatura no Brasil.
Segundo a executiva da TVA, Leila Loria, no último ano e meio, a penetração da TV por assinatura, impulsionada pela oferta conjunta com a banda larga, cresceu de 7% para 25% na classe C.
Para Antonio João Filho, diretor da Via Embratel, há um enorme contingente de pessoas que tem condições de pagar por TV por assinatura. Dos 56 milhões de domicílios brasileiros, pontua o executivo, menos de 15 milhões são passados pela TV a cabo, o que abre um bom mercado potencial para outras plataformas de TV paga. "E ainda existem 19 milhões de residências que só recebem sinal de TV por parabólicas", complementa. "Só temos que adaptar a oferta". Ele lembra que na Embratel, que oferece um produto voltado para a classe C, o nível de débito em conta é impressionante. "É algo que na Vivax jamais sonhamos em conseguir".

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A Sky, por sua vez, oferece um serviço de televisão pré-pago, nos mesmos moldes da telefonia móvel, mas que ainda está em fase de testes e não é amplamente divulgado. "Poderíamos vender até 2,5 vezes mais caixas pré-pagas; mas estamos segurando a oferta porque ainda é um produto deficitário", revela o presidente da operadora, Luiz Eduardo Baptista. Ele explica que a classe C é mais suscetível a preço e que a experiência da Sky tem sido ver como lidar com a recarga. "Índice de recarga é 70% do sucesso do produto pré-pago. Se não houver nível de 80% de recarga, deixa de ser rentável".
Na Net, a aposta para o público da classe C é nos combos que incluem, além da televisão, telefone fixo e Internet. "Acreditamos que os combos mais simples servem para a entrada de clientes. Conforme o cliente entra e começa a confiar no serviço, conseguimos que as pessoas adquiram outros produtos", diz o presidente da Net Serviços, José Felix, lembrando que a temida inadimplência não é necessariamente verdade para este público. "Julho foi o mês com menor índice de inadimplência da história da Net", comemora.
Futuro
A Sky planeja fechar 2010 com mais de 40 canais em alta definição. Baptista também afirma que o foco da operadora será em combinar tecnologias que atenda aos anseios do cliente. "Se o MMDS der certo, vamos fazer Internet também. Prometo que se conseguirmos banda larga, jamais verão uma campanha da Sky dizendo que o que a gente fez até agora é pouco".
Segundo Leila, a questão da gratuidade dos conteúdos em especial na Internet, é o grande desafio da indústria a ser combatido. "A Internet fez com que uma diversidade estivesse disponível, então temos que nos perguntar como vamos conviver com ela". "Nosso maior desafio é garantir nossa relevância como provedor de conteúdo".
Para Alberto Pecegueiro, diretor geral da Globosat, o desenvolvimento dos conteúdos HDTV é uma etapa importante a ser vencida pela indústria, assim como o desenvolvimento de sinergias entre a TV paga e as novas plataformas digitais.

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