ISPs e teles têm oportunidades com IA e segurança, aponta Cisco

Foto: Pixabay

Os provedores de serviço de conectividade (teles e ISPs) têm um papel fundamental em assegurar a implementação de uma infraestrutura de rede que seja capaz de atender às demandas de segurança e capacidade da era dos Agentics AI, segundo a Cisco. Trata-se da realidade das redes quando o tráfego gerado pelas aplicações e serviços baseados em Inteligência Artificial estiverem sendo plenamente utilizados por empresas e usuários finais.

Para Ghassan Dreibi, diretor de cibersecurity para as Américas da Cisco, isso é especialmente verdade em países em que o mercado de conexão à Internet está pulverizado, como é o caso do Brasil, da América Latina e mesmo dos Estados Unidos, onde os players locais de cabo têm um papel importante. Em conversa com este noticiário durante o evento Cisco Live 2025, que aconteceu esta semana em San Diego, EUA, Dreibi destacou o impacto da visão da Cisco, de uma integração maior entre segurança, IA e rede, no cenário latino-americano.

"Quando a conectividade é oferecida por múltiplos atores, a rede fica mais complexa, e todos precisam estar na mesma página. Mas a boa notícia é que vemos essa preocupação em todos os níveis de empresa hoje", diz ele, em referência a ISPs e grandes operadoras.

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Mais do que uma questão de preparação, é uma questão de oportunidade, pondera Ramon Viñals, diretor de vendas de sistemas de engenharia da Cisco para a América Latina. "A oferta de serviços seguros, de soluções que estejam preparadas para IA, é uma chance para os service providers que hoje estão atuando no mercado B2B. Não existem muitas empresas na América Latina prontas para essa realidade, e os provedores de serviços têm essa oportunidade".

Mesmo hoje, quando IA ainda não é sentida no tráfego e tampouco é um problema para a maioria das operadoras, eles apontam desafios crescentes aos provedores, como a necessidade de execução de ordens de bloqueio, que acontecem no Brasil, por exemplo. Nos últimos dois anos, em função de determinações Judiciais, medidas de enfrentamento à pirataria de TV paga ou combate às bets ilegais, a Anatel tem determinado semanalmente o bloqueio de milhares de endereços de IP para quase 20 mil provedores de banda larga no Brasil, mas nem todos têm condições de executar as ordens.

"É o tipo de situação em que um service provider precisa estar preparado. Ter visibilidade do que se passa na rede (observabilidade) e capacidade de resposta automática é essencial", diz Dreibi.

(O jornalista viajou ao evento Cisco Live 2025 a convite da Cisco)

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