Mercado secundário de espectro demanda inovação, diz DSA

Apesar de ainda não ter sido regulamentado pela Anatel, o mercado secundário de espectro pode significar uma oportunidade para ampliar o acesso à Internet e uma fonte de renda para pequenos e médios provedores. Mas, para isso, precisa trazer inovação nesta relação de atacado.

Presidente da Dynamic Spectrum Alliance (DSA), Martha Suarez entende que quanto mais espectro estiver disponível no mercado, mais pessoas poderão ser conectadas e pequenos provedores poderão ampliar suas bases de clientes.

"O mercado secundário por si é uma boa iniciativa, já que permite que outros atores tenham acesso a espectro. Mas a sua implementação deve ser inovadora. Há muitas possíveis soluções para o mercado secundário. Ele da forma tradicional, pode ser ineficiente. Ter espectros regionais, por exemplo, é uma dessas soluções inovadores", defendeu a executiva no Inovatic, evento organizado pelo site Tele.Síntese, nesta sexta-feira, 11.

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Espectro regional

Martha Suarez também defendeu a necessidade da liberação dos espectros ociosos (white space) para locais do Brasil onde não exista conectividade. Além disso, ela acredita que a regulamentação deve ser prioritariamente destinada para provedores de pequeno porte.

"Ela é mais importante para os pequenos ISPs do que para as grandes operadoras, pois é muito difícil ter uma transação entre um grande e um pequeno provedor para a cessão desse espectro. Por isso, é importante que estas transações e regulamentos sejam transparentes para deixar as regras mais nítidas e todos saberem para onde e a quem as faixas estão sendo destinadas", defendeu.

A presidente da DAS também advoga pelo compartilhamento de espectro na rede móvel como uma das formas de disponibilizar mais serviços para a população. Atualmente, Regulamento de Uso de Espectro (RUE) se encontra em revisão.

O regramento vigente (datado de 2016) já permite a possibilidade de compartilhamento de espectro. Porém, a insegurança jurídica sobre a retomada das licenças de caráter secundário, que teriam poucas garantias operacionais, impediu a maior adoção da prática.

Presente no evento, Evair Gallardo, diretor de Tecnologia da Abranet, afirmou que também acredita que o mercado secundário é um dos caminhos que permitirá aos pequenos ISPs realizarem um modelo de negócios atrativo, além de poder criar oportunidades da última milha ser colocada pelo provedor regional.

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