Menos da metade das provas de conceito em IoT são implantadas na prática, diz Cisco

A estratégia da Cisco para Internet das Coisas tem como fundamento um dado levantado pela própria companhia: apenas 40% das implantações de IoT passam do estágio de prova de conceito para ser realmente instalado em escala completa. Conforme explicou a SVP e gerente geral de IoT na companhia, Liz Centon, as razões para isso são o cenário complexo, a preocupação com a segurança e a necessidade de dar escala para a demanda.

Por conta disso, a abordagem é endereçar essas preocupações ao usar o conceito que a fornecedora chama de rede baseada em intenção ("intent-based"), que aumenta a capacidade para casos de uso. Essas redes capturam as "intenções de negócios" e traduzem em políticas aplicáveis, permitindo ganho de escala com automação e flexibilidade para conectar a infraestrutura legada com novas tecnologias como 5G. "Estamos falando em estender a rede para lugares onde provavelmente não havia conectividade antes", explicou ela para a imprensa internacional durante o Cisco Live nesta segunda-feira, 10.

O vice-presidente de gestão de produtos da IoT na Cisco, Vikas Butaney, ressalta que nesse contexto, a tecnologia de acesso não necessariamente será apenas a móvel de quinta geração. "Internet das Coisas não tem um caso único. Nossa equipe está monitorando para onde está indo o 5G e focando aonde pode chegar", declara. Na visão dele, há ainda a possibilidade de utilizar o Wi-Fi 6, padrão mais recente e de maior capacidade da tecnologia de espectro não licenciado. O próprio CEO e chairman da Cisco, Chuck Robbins, afirma que será uma questão caso a caso. "A decisão vai depender do espectro e da qualidade do sinal [na aplicação]", explicou.

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A empresa apresentou no evento sua nova tecnologia de rede para lidar com ambientes mais inóspitos. Como exemplo, Liz Centon citou um novo equipamento de acesso específico para túneis de mineração, uma vez que não reagem com a possibilidade de liberações de gás que provoquem explosões. Os aparelhos são construídos para resistirem a areia, água e outras condições extremas, e contam com gestão do Cisco DNA Center.

A Cisco também anunciou durante o evento a integração de inovações por software em inteligência artificial e machine learning, focados em dar mais capacidade para times de TI terem mais visibilidade na gestão das redes; maiores insights em cima do volume e da complexidade de dados; e mais ações guiadas para automatizar fluxos de trabalho. A fornecedora também anunciou a expansão do programa de certificação para profissionais (incluindo o DevNet), com foco em levar as melhores práticas de software para a rede.

(* O jornalista viajou a San Diego a convite da Cisco)

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