Huawei leva inteligência artificial à IoT

(Matéria originalmente publicada no Mobile Time) Com o mercado se adaptando às dificuldades e mudanças tecnológicas que a mobilidade e a digitalização trazem, as fornecedoras também começam a dançar em um novo ritmo. Com a Huawei não é diferente. A companhia chinesa, que em sua história atuava como grande fornecedora para empresas de telecom, e depois passou a apoiar o consumidor final com sua linha de smartphones, agora começa a acelerar seu passo rumo à Internet das Coisas (IoT) e empresas que buscam por digitalização.

Para tanto, a firma chinesa vê soluções baseadas em inteligência artificial (IA) como um alicerce para crescer, explica Qiu Heng, presidente global de marketing da divisão Enterprise Business Group (EBG) na Huawei: "Para nós, IoT e IA são categorias bem próximas".

Essa caminhada rumo à IoT com inteligência artificial deve ajudar o EBG a ultrapassar os US$ 10 bilhões de receita com vendas em 2018, como estima Qiu Heng. Dois anos antes, a companhia lucrou 40 bilhões de yuans (US$ 6,25 bilhões na corretagem atual). Vale frisar que a divisão foi aquela que mais cresceu na Huawei em 2017, 35,1%, com 54,9 bilhões de yuans (US$ 8,58 bilhões) de faturamento, 9% da receita total da empresa.

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O presidente da divisão EBG explicou que esse desenvolvimento faz parte de uma estratégia para dobrar a receita a cada dois anos e, para isso, a companhia vem investindo forte em pesquisa e desenvolvimento, como neste ano, quando investirá US$ 15 bilhões em todas as áreas da companhia (empresas, operadoras e consumidores).

IA para IoT

Na visão de Heng, a Internet das Coisas entra para juntar o mundo físico e o mundo digital, enquanto a inteligência artificial torna essa união automática. Para ajudar nesta digitalização em verticais (fabricantes de carros, OTTs, bancos, mídia, comunicação e varejo, por exemplo), a fornecedora apresentou nesta segunda-feira, 11, soluções de Internet das Coisas para Veículos (IoV); rede eLTE-IoT, com menos latência e melhor cobertura para empresas; e um smart grid de eLTE que agrega até 280 espectros de rede.

"Nós estamos tentando construir uma plataforma que une o mundo digital e o mundo físico. Um sistema que engloba serviços de voz, vídeo, big data, navegação, plataformas integradas de comunicação (ICP) e mapas", completou o executivo. "Estamos falando de um mercado de US$ 2 trilhões anuais, segundo a IDC".

Próximos passos

O movimento da fornecedora para a IA e IoT deve culminar em outubro, quando a companhia se propõe a apresentar um portfólio de nova soluções baseadas em inteligência artificial. Uma prévia delas é uma câmera de vigilância com capacidade inclusive para reconhecer rostos, apresentada nesta segunda-feira, 11, durante a Cebit, em Hannover, Alemanha.

Além das soluções com IA, o executivo lembra que o movimento da companhia em torno da Internet das Coisas ajudou 130 cidades no mundo a se tornarem inteligentes, além de mais de 15 hubs para transporte inteligente, incluindo os aeroportos de Cingapura, Shenzhen, Hong Kong e Dubai. (O jornalista viajou a convite da Huawei)

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