Para Comcast, grande desafio dos grupos de mídia é entender (e entregar) a "TV pessoal"

Brian Roberts, presidente do maior grupo de comunicação do mundo, a Comcast (controladora não apenas da operadora de cabo Comcast, maior dos EUA, mas também da rede de TV NBC e da Universal) foi o principal palestrante no segundo dia do congresso Cable 2013, que acontece esta semana nos Estados Unidos. Roberts trouxe a sua visão sobre o mercado de TV por assinatura e conteúdo nos EUA.

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A Comcast, que nos últimos cinco anos assumiu a estratégia de concentrar distribuição e produção de conteúdo, comemora o fato de haver, hoje, mais meios de distribuição de conteúdos do que nunca. "Existem mais plataformas para levar o conteúdo ao usuário, e isso é bom", disse Roberts. "Não é um mercado em que há vencedores e perdedores. Se houver, haverá um problema", diz ele. "Mas não podemos perder uma nova geração que está, claramente, querendo consumir conteúdos de novas maneiras", diz Roberts.

Ele pontuou alguns desafios da indústria de conteúdo nesse cenário. O primeiro, diz ele, é o da autenticação. "Os usuários não podem ser obrigados a se identificar em cada plataforma que forem consumir o mesmo conteúdo". Para ele, isso precisa ser resolvido tecnicamente pela indústria, e é possível fazer isso.

Outro desafio, o maior deles, diz Roberts, é o de lidar com a personalização da televisão. "No passado, a cobertura de uma Olimpíada era, basicamente, uma canal. Hoje, são dezenas de canais, Internet, redes sociais. A TV está cada vez mais pessoal, e precisamos entender isso", diz o executivo da Comcast.

Outro desafio é o da quantidade de conteúdos disponíveis. "Temos mais de cem séries sendo exibidas ao mesmo tempo por temporada só nos EUA. É preciso dar chance para que as pessoas consigam assistir a esse volume de conteúdos, e a TV linear não basta", diz, apontando as plataformas on demand, DVRs e ofertas de conteúdos online como uma forma de assegurar audiência ao conteúdo produzido.

Roberts fez a primeira demonstração pública de uma operação comercial de cable modem na NCTA Cable de 1996. Desde então, de tempos em tempo, ele volta ao tema e mostra o estágio atual da banda larga em redes de cabo. Na edição desse ano, a demonstração da vez de Roberts bateu a taxa de 3,3 Gbps, com uma rede comercial.

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