Nesta quarta-feira, pelo sétimo pregão consecutivo, a Embratel registrou uma alta expressiva em todos os seus papéis: as PN subiram quase 5%, fechando a R$ 7,39; as ON, quase 4% (R$ 7,93) e as ADRs, 3,23% (US$ 2,56). Note-se que está se estreitando a diferença entre as ações preferenciais e as ordinárias, o que indica que os investidores estão valorizando mais a situação operacional da empresa do que a possibilidade de venda do controle.
De fato, o que motivou o movimento comprador foi sobretudo o decreto para as novas políticas de telecomunicações publicado nesta quarta, 11, no Diário Oficial da União, que confirma as garantias para a competição, segundo os analistas. Apesar da oposição das concessionárias de telefonia fixa local, as autoridades devem sustentar as duas maiores reivindicações da Embratel: tarifas de interconexão ao menos iguais às concedidas às operadoras ligadas às empresas de telefonia fixa e a desagregação da rede dessas empresas para que a Embratel possa operar a telefonia local (unbundling).
Pouco espaço para subir
Estrategistas de fundos de investimentos ouvidos por TELETIME News acreditam que mesmo sendo boas as perspectivas da Embratel (inclusive com a queda de seus custos financeiros devido à valorização do real), já é hora de parar com as compras.
Embratel registrou alta de quase 95% em apenas três meses. No ano, quase 80% contra 23% do Ibovespa e do Índice de Telecomunicações (Itel). ?Agora é esperar pela resposta da realidade?, diz um analista.