O Sindicato Nacional de Empresas de Telecomunicações por Satélite (Sindisat) voltou a se pronunciar sobre o caso da suspensão do acordo entre Telebras e Viasat por decisão judicial. Em resposta à matéria publicada no Valor Econômico nesta sexta-feira, 11, a entidade patronal rebateu o argumento da Telebras de que os processos judiciais seriam uma "tática de guerrilha comercial". Em abril, as duas empresas disseram que se tratava de tentativa da concorrência de barrar o acordo.
Segundo o Sindisat, a argumentação seria apenas uma tentativa de "desviar o foco da discussão". E lembra que duas instâncias do judiciário e parecer da Procuradoria-Geral da República já se pronunciaram contra o contrato da estatal com a empresa norte-americana.
O sindicato argumenta ainda que apenas "pleiteia (…) transparência e um modelo de condições iguais", referindo-se às acusações de que a Telebras teria oferecido à Viasat condições diferentes no contrato ao que foi colocado no leilão de 2017 para a capacidade do Satélite Geoestacionário de Defesa e Comunicação (SGDC). Esse foi o mesmo entendimento da PGR, mas negado pelo presidente da estatal, Jarbas Valente.
Confira abaixo a nota na íntegra:
Sobre as últimas declarações da Telebrás segundo as quais os processos judiciais envolvendo a contratação da ViaSat seriam uma "tática de guerrilha comercial", o Sindisat (Sindicato Nacional de Empresas de Telecomunicações por Satélite) esclarece que tal argumento procura apenas desviar o foco da discussão – que se resume à existência de fortes indícios de ilegalidade na contratação. Este fato foi reconhecido por duas instâncias do judiciário e pela Procuradoria Geral da República. O que o Sindisat pleiteia é transparência e um modelo de condições iguais para todos em sintonia com as transformações que se pretende para termos um Brasil cada vez melhor.