A Oi espera para os próximos dias a divulgação da segunda lista de credores, dando início assim ao processo que culminará na assembleia que definirá a aceitação (ou não) do plano de recuperação judicial. O presidente da companhia, Marcos Schroeder, declarou que a previsão é que isso deverá acontecer ao final do terceiro trimestre. "A gente acha que o processo de negócios com diversos credores evoluiu", disse ele em teleconferências de resultados da operadora nesta quinta-feira, 11. "Eventualmente pode ter uma ou outra correção, mas ter uma data para encerrar o processo é importante, e queremos fazer isso até setembro", completa.
Antes disso, o Juízo deverá divulgar a segunda lista de credores até a próxima segunda-feira, 15. A partir daí, os credores terão 30 dias úteis para apresentar objeções, o que significa prazo para o final de junho. "O Juízo teria o período para analisar eventuais questionamentos dos credores e marcaria a assembleia", explica Schroeder.
Como tem feito nos trimestres anteriores, a Oi reiterou durante a conferência estar conversando com todos os stakeholders interessados para buscar uma solução equilibrada. Entre sugestões, o presidente da companhia disse que, apesar de identificada a possibilidade de aumento de capital como uma ajuda ao plano, ainda não existe nenhuma definição nesse sentido. "Existe conversa, mas para completar a operação teria que ter aprovação de credores e acionistas; ainda é prematuro para falar de aumento de capital ou estrutural, mas estamos abertos a ouvir e, se houver convergência entre os stakeholders, podemos considerar."
Em relação à possibilidade de intervenção do governo, Schroeder voltou a assegurar que não enxerga necessidade no momento, uma vez que a empresa tem se mostrado plenamente operacional. "A Anatel tem que ter papel muito claro e tem de estar preparada, ela vem acompanhando de perto, mas a gente acredita que não existe o cenário neste momento, a empresa vem gerando caixa de forma consistente e mantivemos o crescimento no primeiro trimestre, com elevada performance operacional", justifica. A Oi gerou R$ 510 milhões em caixa no período, excluindo pagamento anual da taxa do Fistel.