Operadores de cabo dos EUA querem evitar regulação excessiva da FCC

Se existe uma coisa que gera debates acalorados nos EUA é quando o governo decide regular mais ou menos determinados setores da economia. Na semana passada, a FCC anunciou a intenção de passar a regular serviços de Internet como se fossem serviços de telecomunicações. Os operadores norte-americanos imediatamenete reclamaram, a ponto de o presidente da FCC, Julius Genachowski, se ver forçado a dizer que seria apenas uma regulação leve, para evitar que recentes decisões judiciais prejudicassem o que estava sendo feito em termos de neutralidade de rede e políticas de acesso. Durante a NCTA Cable 2010, principal evento de TV a cabo dos EUA que acontece esta semana, em Los Angeles, o assunto estava presente. Mas os operadores de cabo (que são os principais provedores de banda larga dos EUA), evitaram polêmicas. De maneira diplomática, evitaram polêmicas na abertura do evento, talvez guardando munição para a próxima quinta, 13, quando Genachowski irá ao evento. Até aqui, o tom foi ameno. "A FCC disse que só quer restaurar uma condição alterada pela Justiça. Vamos trabalhar com eles no que for preciso, mas temos que ver como vai ficar", disse Glen Britt, presidente da Time Warner Cable.
Para o presidente da Cox Communications, Patrick Esser, a FCC não pode prejudicar o que está sendo feito. "Temos 98% dos domicílios onde há redes de cabo com serviço broadband disponível. Estamos ampliando significativamente a velocidade e a qualidade dos serviços. Temos uma infinidade de pacotes. Somos um caso de sucesso e só não queremos que isso seja atrapalhado".
Outro ponto que envolve a atuação reguladora da FCC é a questão da programação, uma vez que as disputas comerciais entre operadores e programadores por melhores preços têm, constantemente, levado a situações extremas em que os sinais saem do ar. Isso também atrai a atenção da FCC. "Se nossas disputas criam problemas na distribuição de conteúdos, corremos o risco de chamar outras pessoas para a discussão", disse Patrick Esser, em clara referência à FCC.

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