Nos EUA, video-sob-demanda se consolida e ganha importância na TV a cabo

As operadoras de cabo nos EUA entraram, definitivamente, na era da não-linearidade. A discussão sobre colocar conteúdos disponíveis na Internet para que os assinantes possam acessá-los em qualquer lugar, ou oferecer grandes quantidades de conteúdos on-demand, passou do estágio das possibilidades para se tornar uma discussão sobre os melhores modelos. Essa foi uma das mensagens da abertura da NCTA Cable 2010, o principal evento de TV por assinatura dos EUA, que acontece esta semana em Los Angeles.
Os programadores e produtores de conteúdo parecem estar muito mais confortáveis com essa realidade. Para Kevin Tsujihara, presidente da divisão de home entertainment do grupo Warner Brothers, ainda há o desafio de entender quais os conteúdos que os usuários preferem ter de forma não-linear. Recentemente, os grandes estúdios se uniram às principais operadoras de cabo dos EUA para criar um grande acervo de conteúdos sob semanda, antes da janela do home video. "Ao colocarmos a campanha de VOD na praça provocamos um aumento de 35% na compra de conteúdos sob demanda", disse Tsujihara.
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"Video-on-demand é hoje uma realidade. Já batemos a marca de 25 milhões de streams, e hoje temos muito conteúdo. Isso está aumentando a importância do serviço em nossas receitas, mas mais do que isso, faz crescer o valor da nossa plataforma. É uma mudança na forma de distribuir, mas temos que pensar que o usuário que está pagando tem o direito a isso", diz Patrick Esser, presidente da Cox Communications.
E não é apenas na distribuição sob demanda que as coisas estão mudando no mercado de TV paga norte-americano. Hoje, há várias iniciativas de canais e operadores para tornar os conteúdos disponíveis na Internet para os assinantes de TV paga. Iniciativas como TV Everywhere e outras estão tendo resultados positivos.
"A verdade é que as pessoas estão gastando mais tempo consumindo entretenimento. Elas podem fazer várias coisas ao mesmo tempo, mas todas envolvem conteúdos", diz Philippe Dauman, CEO da Viacom.
"Por 30 anos, as pessoas só consumiram conteúdo na TV. Hoje, as pessoas até estão consumindo mais conteúdos, mas não apenas na TV. Temos que estar onde a audiência está", diz David Zaslav, presidente da Discovery. Ele pondera, contudo, que do ponto de vista do programador, não faz sentido econômico colocar o mesmo conteúdo em todas as plataformas de forma igual. "É preciso colocar conteúdos específicos em cada plataformas, para que não se destrua valor do conteúdo nas plataformas tradicionais", disse.

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