Abranet propõe benefícios fiscais para o setor atender áreas remotas

O governo federal poderia incluir os provedores de acesso no processo de inclusão digital, uma vez que muitas dessas empresas têm uma atuação local, o que facilitaria o atendimento a localidades mais remotas que hoje não têm acesso à internet. Essa é a opinião de Eduardo Parajo, presidente da Abranet (associação que representa os provedores de acesso), que propõe a concessão de benefícios fiscais como contrapartida, por exemplo.
Parajo, que assumiu o cargo em março, afirma que quando o assunto é inclusão digital, o governo ?se esquece? dos provedores de acesso e concentra todas as ações nas concessionárias de telecomunicações. ?O governo está se esquecendo do papel dos provedores de acesso. Nós deveríamos e podemos estar mais ligados a essa questão?, afirma ele.
O centro da argumentação de Parajo é que as concessionárias têm uma estrutura muito grande que dificulta o atendimento nas localidades remotas. Para os provedores, segundo ele, este atendimento é mais fácil porque existem várias empresas com pequenas operações em cidades do interior.

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?O provedor de acesso atua localmente e, por isto, pode contribuir de forma mais efetiva?. Lógico que as teles são importantes, mas nessa engrenagem cada um tem seu papel. Muitas pequenas cidades têm banda larga graças aos provedores locais. Se dependesse das teles, elas teriam apenas acesso discado?, completa ele.

Passo anterior

De acordo com a Pesquisa Nacional por Amostra por Domicílios (PNAD/2005), 37% da população não acessa a internet porque não tem qualquer possibilidade de acesso ao computador. A indústria de PC reconhece que a redução da carga tributária (MP do Bem) tem contribuído para baixar os preços e reduzir o chamado mercado cinza, que são os micros que entraram no País de forma ilegal. Porém, ainda há muito o que ser feito.
Na opinião de Cimar Pereira, um dos responsáveis pela pesquisa do IBGE, antes de se falar em ações do tipo ?Computador para Todos?, existe um passo anterior. Pereira lembra que para uma parcela significativa da população, como os analfabetos ou pessoas com baixa escolaridade, o computador não passará de um objeto estranho ou apenas mais uma máquina.
?Certamente esse grupo de pessoas fará um uso muito restrito e pouco proveitoso do computador?, diz ele. Diante desse cenário, é preciso antes de tudo investir em educação. ?Tem uma parte da população que é passível de ser inserida digitalmente, que são especialmente aqueles jovens que tiveram acesso à educação?, diz ele. Leia mais sobre este assunto na seção ?Canal Aberto? da Revista TELETIME de maio.

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