Projeto piloto da EACE conectou 153 escolas e avança para aquisição de equipamentos

Foto: Rebecca Omena

As políticas públicas voltadas para conectar escolas, alunos e professores estão na pauta do dia da agenda de conectividade do País. No evento Educação Conectada, promovido pelo TELETIME, que aconteceu nesta terça-feira, 11, em Brasília, foram apresentados o status de como andam algumas dessas ações.

A presidente da Entidade Administradora da Conectividade de Escolas (EACE), Paula Martins, apresentou alguns números sobre o andamento do Aprender Conectado. O projeto piloto da EACE, que utiliza recursos obtidos com a faixa de 26 GHz no leilão do 5G de 2021, tem o objetivo de levar conectividade para as escolas com capacidade para uso pedagógico. "Ele vem para levar conectividade para as atividades educacionais", disse Martins.

"O projeto piloto começou em dezembro e atualmente temos 153 escolas com internet ativada e destas, 128 estão com WiFi indoor pronto", disse Martins, no evento. Ela afirmou que o próximo passo agora será o de aquisição dos equipamentos, que está em fase de finalização.

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Pedro Lucas Araújo, diretor de investimento e inovação Ministério das Comunicações (MCom), destacou que atualmente no Brasil, 129 mil escolas estão com algum tipo de conectividade. "Com políticas do governo federal, têm-se 98 mil escolas conectadas, sendo que a maioria vêm do Plano Nacional de Banda Larga nas Escolas (PBLE), que conecta 55 mil escolas atendidas pelas operadoras de telefonia fixa. Em segundo são escolas conectadas frutos do leilão do 4G, 37 mil escolas. Aqui o governo aponta que é qualquer conectividade. Não se avalia a qualidade da conexão", disse Araújo, um dos palestrantes do evento.

Mas a realidade de uma parcela significativa de escolas desconectadas esbarra no problema da energia elétrica. "Das 138 mil escolas brasileiras, cerca de 8 mil não possuem conectividade, sendo que destas, 3,9 mil não possui energia elétrica ou tem somente energia com gerador fóssil", explicou Araújo, citando geradores a óleo diesel.

Outras áreas

Ricardo Rivera, chefe do departamento de indústrias inovadoras do BNDES, disse que banco apresenta uma série de linhas de incentivos para o desenvolvimento de políticas públicas. "Temos por exemplo, um projeto aprovado que visa a criação de uma plataforma que permite aos órgãos estaduais e municipais fazerem autoavaliações. Temos também apoiado projetos para fins de inovação pedagógica", disse o representante do BNDES.

Ele também pontuou que o uso do Fundo de Universalização dos Serviços de Telecomunicações (Fust) terá três ênfases: um para educação, um para área rural e outro para cidades, em especial, para as áreas de favelas dos grandes centros urbanos. O banco é o operador financeiro dos recursos do Fundo.

Ele também citou que ainda para a educação, o banco quer estimular o aumento de velocidade. "A ideia é reduzir taxas, caso o provedor entregue um parâmetro X de velocidade. E vejo que os desafios enfrentados para essas políticas atualmente são a necessidade de articulação de iniciativas, com o MEC, Anatel, MCom e BNDES", finalizou.

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