Redução de custos desafia cadeia de suprimentos de satélites

Satélite da geração mPOWER em testes de vibração na fábrica da Boeing

Um dos principais desafios das operadoras de satélite tem sido a redução de custos de construção, lançamento e operação de satélites. Contra a Starlink, as operadoras tradicionais enfrentaram não apenas um concorrente com uma tecnologia disruptiva como uma nova equação nos custos de tecnologia, já que a empresa de Elon Musk é uma empresa completamente verticalizada, que não precisa dar nenhuma satisfação sobre seus resultados operacionais aos acionistas, por ser uma empresa fechada.

Durante os debates da Satellite 2025, ficou evidente que existe, hoje, um descasamento entre as expectativas das empresas de satélite e os principais fornecedores, já que para a maior parte dos players da indústria de satélites, a cadeia de suprimentos ainda é aberta e compartilhada por todos eles. Em uma enquete feita pelo moderador junto aos seis principais CEOs da indústria de satélites, a nota de contentamento com a cadeia de fornecedores foi de 5,5.

Para Paul Gaske, CEO da Hughes, "há hoje uma pressão na cadeia de suprimento" e a indústria de satélites precisa rapidamente de novas arquiteturas de satélites e "buses" (chassis) que possam ser entregues em um período mais curto.

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Mark Dankberg, presidente da Viasat, avalia que a indústria aeroespacial está muito pressionada para entregar novas tecnologias de bus e painéis, e ao mesmo tempo para desenvolver satélites GEO menores e que possam ser entregues em um tempo menor, eventualmente usando a estrutura de satélites MEO e LEO.

A expectativa dele é que estas tecnologias permitam satélites serem entregues e lançados em dois anos, em vez dos prazos atuais que muitas vezes passam de cinco anos entre planejamento e operação.

Para o CEO da SES, Adel Al-Saleh, o ciclo de inovação da indústria de satélite está em desafio e precisa evoluir. "Precisamos ser ágeis, e a cadeia de suprimento também precisa se adaptar. Eles estão também desafiados, e estamos pressionando para isso. Queremos trazer novas tecnologias New Space. Não quero ter que esperar cinco anos para poder lançar um satélite", disse.

Ele lembra que a Starlink e as constelações LEO tiveram sucesso inclusive por criarem uma padronização da cadeia, o que deve ser observado pelos fabricantes tradicionais de satélites.

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