Analistas reduzem previsão de vendas do Nexus One, o celular do Google

Vender celulares sem o apoio de marketing de grandes operadoras é mais difícil do que a Google poderia imaginar. Antes do lançamento do Nexus One, smartphone que leva a marca da empresa e que prometia revolucionar o mercado com o processador SnapDragon de 1 GHz e um modelo de vendas diretas para o consumidor, analistas previam que seriam comercializadas 3,5 milhões de unidades do aparelho em 2010. O desempenho no primeiro mês, contudo, ficou bem abaixo das expectativas: estima-se que apenas 80 mil unidades foram vendidas. Com isso, analistas do Goldman Sachs baixaram sua previsão de vendas do Nexus One em 2010 para apenas 1 milhão de unidades.
Na análise do site Rethink Wireless (www.rethink-wireless.com), o que atrapalhou a performance de vendas do smartphone da Google foi o seu modelo de negócios de venda direta através da Internet. A loja virtual até oferece a venda com chips de algumas operadoras embarcados e preços subsidiados, mas a verdade é que as teles se esforçaram muito pouco para divulgar o produto. As operadoras que aceitaram subsidiar o aparelho dentro do modelo de vendas da Google o fizeram mais por medo de ficar de fora de um projeto que prometia ser um sucesso do que propriamente por concordarem com ele.
Para o segundo semestre, a Google promete lançar o Nexus Two, que provavelmente será fabricado pela Motorola e terá como alvo o mercado corporativo. Há planos também de produção de uma versão mais barata, com processador menos veloz, para vender nos mercados indiano e russo por um preço próximo a US$ 500, sem subsídio.

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O grande problema que o Google enfrenta é que seu sistema operacional e as funcionalidades dos aparelhos são um pesadelo para as operadoras do ponto de vista de tráfego de dados, o que faz com que elas não estimulem a venda dos aparelhos, ou tenham que vinculá-las à contratação de planos de dados mais caros, o que reduz o mercado potencial.

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