Após reportar recorde no lucro líquido tanto no quarto trimestre como no ano de 2024 de forma consolidada, a TIM já definiu os serviços que devem continuar puxando o crescimento neste ano: a modalidade pós-paga de telefonia móvel, parcerias com serviços de terceiros e o mercado corporativo (B2B).
As verticais prioritárias foram apontadas pelo CEO da operadora, Alberto Griselli, nesta terça-feira, 11, em conferência com analistas seguida de coletiva de imprensa.
O executivo destacou que os planos móveis pós-pagos, principais responsáveis pelos resultados do ano passado, vão continuar ditando o crescimento da companhia, em função do aumento da base e da receita média por usuário (ARPU, na sigla em inglês). Agora, a estratégia é estimular os clientes a contratar planos de maior valor, incluindo a migração do pacote controle para uma modalidade pós.
"Não estamos planejando ser mais agressivos, queremos ser mais inteligentes no modo como monetizamos a nossa base de clientes", afirmou Griselli. "Ajustes de preços são importantes, assim como migrações intraplanos, pois isso tem um impacto positivo na receita", acrescentou.
O CEO sinalizou que, por conta da inflação, a TIM planeja reajustar os preços dos serviços móveis neste ano, mas não indicou quando. Segundo ele, o processo levará em conta "um limite de quanto a demanda é impactada".
Apesar de estar contribuindo menos para a receita, muito em função da migração de clientes para o pós, o pré-pago não está descartado dentro da estratégia de 2025. Para incentivar a modalidade, a empresa está reforçando a campanha do TIM Pré XIP, modelo em que o cliente recebe um Pix de até R$ 3 na conta ao recarregar usando o aplicativo da operadora.
Serviços agregados
A diretoria da TIM ressaltou a parceria com serviços de terceiros como vertical de crescimento. Como exemplo, citou que levou 160 mil clientes à plataforma do serviço de saúde Cartão de Todos entre junho e dezembro do ano passado.
Modelo parecido deve ser posto em prático no setor de eletricidade, por meio de uma parceria anunciada no fim do ano passado com a Eletrobras, para venda de energia elétrica no mercado livre.
De todo modo, apesar de ter chegado a um acordo com o C6 Bank para encerrar controvérsias relacionadas à parceria firmada em 2020, a operadora buscará novos negócios na área financeira, principalmente nos segmentos de crédito e investimento.
Inclusive, vale destacar que a parceria com o C6 ainda está de pé, até que o órgão regulador das Ilhas Cayman aprove o acerto entre as partes. A TIM espera que a autorização que de fato encerrará o vínculo saia em, no máximo, três meses.
"Estou bastante confiante que a Plataforma de Clientes vai trazer um conjunto de satisfação significativo à TIM Brasil", afirmou Griselli, se referindo ao ecossistema de parcerias entre a operadora e terceiros.
B2B
Por fim, o comando da TIM reforçou o papel do B2B na geração de receitas. Neste mercado, a empresa planeja seguir atuando de forma segmentada, com foco nos setores de agronegócio, logística, infraestrutura, portos e rodovias e utilities.
"O mobile [móvel] é algo grande que vai nos dar cash flow [fluxo de caixa] para financiar outras oportunidades de crescimento, como o B2B e o Consumer Platform", ressaltou Griselli. "Temos que fazer isso aumentando a nossa margem, sendo mais produtivos, e remunerando os acionistas. Esse é o conjunto de obra que vamos continuar construindo em 2025-2026", complementou o executivo.