Operadoras móveis em todo o mundo vêm sentindo, com maior ou menor intensidade, a crescente queda de suas receitas de voz. E o lançamento de serviços inovadores é, em geral, a tentativa de recuperar essa perda e agregar novas receitas para as teles. Mas quais são os serviços que podem de fato fazer alguma diferença? o tema foi assunto de debate no primeiro dia do Mobile World Congress, que acontece esta semana em Barcelona.
A Turkcell, por exemplo, operadora móvel da Turquia, está voltando seus esforços para aplicativos de mobile-finance, mobile-advertising e mobile-marketing. ?O mobile-advertising pode não chegar a render os bilhões gerados pela receita de voz, é um processo longo e pode demorar anos até que comecemos a fazer dinheiro com isso, mas se não fizermos alguém vai fazer no nosso lugar?, analisa o diretor de serviços de valor adicionado da Turkcell, Cenk Serdar. A operadora turca iniciou a oferta de serviços de m-advertising há três anos com conteúdos patrocinados como ringback tones, SMS e acesso WAP e já planeja para breve novos serviços utilizando esse modelo de m-advertising.
?Atualmente o roadmap de evolução da infra-estrutura das operadoras é de apenas 18 a 20 meses e isso é uma oportunidade para trabalharmos com lançamentos de serviços inovadores?, avalia o vice-presidente responsável pelas relações com a indústria móvel da TIM, Alberto Ciarniello. Já o diretor do Orange Program Partner, Steve Glagow acredita que o futuro das operadoras não está apenas no lançamento de novas aplicações e serviços. ?A diferença estará no uso da tecnologia para melhorar a experiência dos usuários. Há grandes idéias inovadoras que quando avaliamos em nosso centro de testes na France Telecom, o custo benefício não faz sentido?, comenta. Glagow também destaca a importância de produtos e aplicações para o mercado corporativo como uma grande aposta da operadora para a ampliação das receitas.
Mobile World Congress
