As expectativas do mercado norte-americano de telecomunicações estão voltadas para os controladores da AT&T Wireless, que dirão, na próxima sexta-feira, 13, para quem venderão a terceira maior operadora de telefonia móvel dos Estados Unidos.
Para alguns dos analistas mais respeitados em Wall Street, a compradora mais provável é a Cingular, joint venture da SBC e BellSouth. Mas a imprensa vem dando destaque cada vez maior ao interesse da inglesa Vodafone, sócia da Verizon na maior operadora do país, a Verizon Wireless. Ainda estão no páreo, a Nextel (com presença crescente de Bill Gates), a japonesa NTT DoCoMo e a Reston.
A Vodafone diz que paga US$ 36 bilhões pela AT&T, ou US$ 6 bilhões mais do que fontes da Cingular haviam anunciado.
Já a Cingular assegura obter um corte de custos administrativos de US$ 3 bilhões com a aquisição, o que pode justificar frente aos acionistas um aumento na oferta. A novidade é que a operadora recebeu um apoio politicamente importante. A Communications Workers of America (CWA) declarou que a fusão da Cingular com AT&T seria excelente para acionistas das duas empresas. E está recomendando apoio da parte de trabalhadores da ativa, aposentados, fundos de pensão e fundos de investimentos. A CWA está relegando o fato de que cerca de 20 mil empregados poderão ser demitidos com a fusão.