Para os provedores regionais reunidos na Abrint, a discussão a assimetria regulatória entre provedores regionais e as grandes empresas de telecom não deve ser reaberta, cabendo apenas ajustes pontuais ao modelo de regras mais brandas para os ISPs
"Discutir assimetria regulatória é algo que já ficou no passado", afirmou ao TELETIME a conselheira da Abrint, Cristiane Sanches. "Hoje o modelo é consolidado no Brasil, com inclusão e expansão de redes baseadas na abordagem. O Brasil é hoje exemplo para o mundo sobre o tema".
Para a dirigente, o que é passível de discussão são questões pontuais. "Questões de qualidade ou segurança podem ser postas para alguma operadora que atingiu porte diferenciado. Mas isso não prejudica em nada a assimetria", apontou Sanches.
Na última quinta-feira, 9, representantes da Conexis (que representa as grandes empresas do setor) chegaram a afirmar que a assimetria foi relevante e teve seu papel, mas que precisa ser rediscutida, sobretudo para empresas que entraram no leilão de 5G.
Encontro
A manutenção da assimetria regulatória foi um dos pontos comemorados por provedores da Abrint durante a volta do encontro nacional da entidade, encerrado em São Paulo nesta sexta-feira, 10, com mais de 7 mil participantes.
O último dia contou com a presença dos ministros da Casa Civil, Ciro Nogueira, e das Comunicações, Fábio Faria, além de parlamentares como Cezinha da Madureira (PSD-SP) e Guilherme Mussi (PP-SP).
Na ocasião, Faria destacou aspectos caros ao setor como o reconhecimento de telecom como atividade essencial, a regulamentação da Lei das Antenas federal e a modelagem do leilão do 5G. O ministro ainda anunciou que degustações do 5G serão feitas ainda neste ano por provedores regionais: a Algar Telecom (em Uberaba, Uberlândia e Franca) e a Brisanet (em Natal).