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Cinco anos depois de anunciado, cabo Brasil-Europa da EllaLink começa a ser lançado

Mais de cinco anos depois do início do projeto, o Ministério das Comunicações anunciou nesta quinta-feira, 10, que a instalação do cabo submarino que conectará o Brasil à Europa diretamente terá início na próxima segunda-feira, 14. O cabo, operado pela empresa EllaLink, sairá de Fortaleza para Sines, em Portugal. Há previsão de uma expansão para pontos de conexão no Rio de Janeiro e São Paulo, além de conexões no continente africano, outros países europeus, ilhas do Atlântico e Guiana Francesa.

Na previsão inicial do sistema em 2015, quando a EllaLink foi criada em sociedade com a Telebras, ainda no governo Dilma Rousseff, a expectativa era de que a rota já estivesse pronta no segundo trimestre de 2017. Agora, o MCom diz que a estimativa é de que o projeto esteja concluído até o segundo trimestre de 2021. A Telebras não está mais envolvida com a operação.

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Segundo o ministro das Comunicações, Fabio Faria, o cabo submarino tem capacidade de tráfego de dados de 72 Tbps, latência de 60 milissegundos e 6 mil quilômetros de extensão. O sistema da EllaLink que será lançado na próxima segunda-feira, 14, será mais moderno que a infraestrutura atual do Brasil conectando a Europa. “Nós já temos um cabo de voz que chega na Europa, mas passa pelo Estados Unidos e já tem quase 20 anos. Sabemos que a vida útil de cabo de fibra ótica tem uma durabilidade de 25 anos. Então ele já está praticamente no final da sua vida útil”, disse Faria na coletiva.

Diego Matas, Diretor de Operações da EllaLink, disse que “a ligação entre ambos continentes é um momento histórico por oferecer conexões diretas entre a América Latina e a Europa com delay de apenas 60ms, o que significa um avanço notável frente à perspectiva atual da latência transatlântica”.

Uso para o 5G

Outro aspecto levantado por Faria é que o novo cabo submarino será relevante para a implantação do 5G no Brasil, porque permite tráfego internacional de dados mais veloz, uma das promessas da tecnologia móvel de quinta geração. “Com a nova tecnologia, a capacidade de transmissão de dados é 7 mil vezes maior que a atual, que inclusive é destinado exclusivamente ao tráfego de voz”, disse Faria.

Ao todo, serão investidos R$ 1 bilhão pela EllaLink. A Telebras já esteve envolvida no começo do projeto, detendo 35% de propriedade do cabo. No final de 2019, a estatal propôs à EllaLink Ireland a “rescisão amigável” do contrato de Direito Irrevogável de Uso da conexão da infraestrutura.

Na época, a justificativa da Telebras foi o novo enquadramento como estatal dependente. Além disso, a empresa disse que não teriam sido apresentadas as garantias contratuais acordadas e necessárias ao pagamento das contraprestações assumidas pela estatal ainda em 2019. Agora, a estatal brasileira poderá adquirir capacidade de uso do cabo submarino como uma cliente.

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