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NTT Data quer trazer experiência do Japão para o NFC no Brasil

Braço de TI do grupo japonês NTT (que tem também a operadora NTT DoCoMo), a NTT Data tem ambições para o Brasil unindo a experiência do mercado nipônico com a tecnologia NFC e a necessidade de amadurecimento e definições no País. Isso porque a comunicação por proximidade já tem sido utilizada pelos usuários no Japão desde 2004, acumulando até hoje cerca de 20 bilhões de transações com a tecnologia no celular. Mas não vai ser fácil: ainda faltam muitos detalhes a serem finalizados antes que exista propriamente um modelo de negócios para as operadoras e instituições financeiras conseguirem lançar comercialmente o serviço.

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"NFC é menos um desafio de tecnologia e mais de colaboração e regulação", afirma o vice-presidente de telecomunicações e mídia da NTT Data no Brasil, Hamilton Port. Para ele, a experiência da NTT Data mostrou características do mercado japonês que permitiram parcerias entre empresas, no que ele chama de "cultura coletivista". Por isso, foi possível oferecer serviços de NFC para pagamento não apenas no varejo, mas em transportes públicos no Japão, um modelo de uso de NFC que é referência no mundo. Mas agora é hora de exportar esse case.

Como a companhia pretende aumentar o alcance do mercado externo (hoje, a NTT Data conta com receita de US$ 15 bilhões no Japão e US$ 2,5 bilhões em negócios internacionais), ela investe em aquisições para conseguir o crescimento. No Brasil, a gigante nipônica precisa combater concorrentes tradicionais como IBM, HP e Accenture. Assim, ela comprou a ValueTeam, empresa de telecomunicações de origem italiana mas com presença grande no mercado brasileiro, e a Total Systems, com foco na área financeira. Há um ano atuando no País, a NTT Data agora conta com cerca de 800 funcionários e três grandes escritórios em São Paulo, Rio de Janeiro e Curitiba, onde foi inaugurado também um centro de desenvolvimento.

A união do expertise das duas empresas converge nas soluções NFC. Port diz que ainda não há negócio fechado com operadoras brasileiras, mas que "o mercado está se movimentando" ao experimentar soluções alternativas, como pagamento móvel com SMS. "Pensando em experiência do cliente, não é necessariamente a melhor forma de fazer isso. A gente precisa melhorar a facilidade e usar a tecnologia: o NFC é um passo a mais para isso", explica. Mas há também o desafio tecnológico, já que smartphones ou mesmo featurephones com NFC são raridades no País. "Talvez ainda não tenhamos uma resposta para o cenário do Brasil hoje, mas a tendência é haver uma penetração maior com o tempo", avalia o executivo. Entretanto, ele lembra que no Japão também existe o uso da tecnologia com planos pré-pagos.

Para tanto, Hamilton Port entende que o Governo precisa determinar uma entidade que se responsabilize pela intermediação. "Como estamos falando de vários interlocutores, como operadoras, bancos e operadoras de crédito, faz sentido ter ao menos uma entidade central, que tenha o papel de conseguir controlar a qualidade da transação, de guardar algumas informações críticas, com segurança." Claro, a NTT Data quer justamente oferecer seus serviços e experiências porque criou um modelo semelhante no Japão. "Eu diria que a gente está se posicionando para conseguir algo nesse sentido."

Para vencer essa batalha com outras empresas e conseguir se tornar uma voz importante no mercado de NFC, a NTT Data insiste na colaboração. A estratégia de Port é simples: focar no mercado empresarial. "Vamos abordar o que conseguimos com as competências locais e finais para atender os clientes corporativos, que precisam de um projeto inovador dentro de um budget conservador", define.

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