A Uplay Mobile, publisher e desenvolvedora carioca de conteúdo móvel, pretende expandir sua atuação para América Latina em 2011. Para tanto, abriu um escritório em Miami e contratou o executivo Marcelo Levy, que era o country manager da Movile no México, para ser seu gerente de negócios para América Latina. Contatos com possíveis clientes no México, Caribe, Chile e Argentina já foram iniciados. A Uplay pretende dobrar seu faturamento em 2011, alcançando R$ 4 milhões, e estima que 40% desse total virá de contratos no exterior.
A decisão de expandir suas fronteiras foi motivada pela estagnação do mercado brasileiro de conteúdo móvel. "As coisas não estão fáceis hoje em dia no Brasil. Não se investe mais tanto em mídia como antes para promover conteúdo móvel. Sentimos que não dá mais para crescer no País", explica Adriano Rayol, sócio-diretor da Uplay. A regulamentação mais restritiva da Anatel e das próprias operadoras no que diz respeito à oferta de serviços de assinatura de conteúdo móvel impactou negativamente nas empresas que vendem esse tipo de pacote. E a Uplay é uma das fornecedoras de conteúdo para essas companhias, através de contratos de licenciamento.
A queda na receita com o modelo de assinatura de conteúdo móvel em portais off deck acaba sendo compensado, por outro lado, pelo maior investimento das operadoras em suas ofertas white label. Serve de exemplo a recente iniciativa da TIM de criar uma loja própria de aplicativos. Por sinal, a Uplay é uma das principais fornecedoras de títulos para a TIM App Store, tendo entregado quase 300 títulos diferentes em Java e Android.
Paralelamente, a Uplay começa a atuar como desenvolvedora de games e aplicativos móveis. Um primeiro título para iPhone e Android será lançado em breve, o "Frog Jump". A empresa quer contratar mais programadores para aumentar a produção, mas sofre com a falta de mão de obra no Rio de Janeiro. "Pensamos em abrir escritório em São Paulo apenas para contratar desenvolvedores", relata Rayol.