Presidentes das móveis criticam edital de 3G

Reunidos em um seminário realizado nesta segunda-feira, 10, em São Paulo, véspera da entrega das propostas para o leilão de terceira geração, os presidentes da BrT, Claro, TIM e Vivo voltaram a criticar as regras do leilão de terceira geração. Desde quando foi lançada a consulta pública, as operadoras móveis criticam o fato da agência ter vinculado a região metropolitana de São Paulo com o Amazonas e o interior de São Paulo com a região Nordeste. ?O filé veio junto com o osso?. Esta analogia e suas variações vêm sendo usadas com freqüência para definir a regra criada pela agência para garantir que as regiões menos atrativas comercialmente também tenham a 3G. O evento, organizado pela Telequest, reuniu cerca de 150 pessoas do setor de telecom em São Paulo.
O presidente da Brasil Telecom, Ricardo Knoepfelmacher, afirmou que o conselho de administração da companhia vai decidir amanhã se apresenta proposta para o leilão das faixas de terceira geração fora da sua região, como em São Paulo, por exemplo. O curioso é que amanhã às 10h as empresas devem protocolar suas propostas na agência. Ricardo K. afirmou também que a Brasil Telecom é principal prejudicada pela regra das licenças cruzadas. Isso porque a operadora não tem infra-estrutura em nenhuma dessas áreas. ?O foco é na nossa região. Não vou antecipar o que vamos fazer em São Paulo?, afirma ele.
O executivo prevê que com a implantação das redes de terceira geração, o preço da banda larga caia mais rapidamente. Hoje, segundo Ricardo K, a o preço cai cerca de 17% ao ano, principalmente por causa da competição entre as teles e as empresas de TV por assinatura. Com a 3G a redução anual do preço da banda larga pode chegar a 25%. ?Não muito mais que isso, porque a competição já está forte?. Para ele, é importante que o leilão aconteça mesmo no dia 18 de dezembro, para que não haja nenhuma ?assimetria? com relação às empresas (Claro e Telemig Celular) que lançaram o serviço na faixa de 850 MHz. Ele estima que depois do resultado do leilão as empresas levem de seis a oito meses para lançarem o serviço.

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Nos cálculos do presidente da Vivo, Roberto Lima, o valor pago pelas licenças de 3G (preço mínimo total de R$ 2,8 bilhões) daria para dobrar a cobertura atual da rede celular. O presidente da Anatel, embaixador Ronaldo Sardenberg, no entanto, disse que as licenças brasileiras sairão pela metade do preço pago na Argentina. ?Seria razoável que fosse o dobro e não metade?, afirmou. O presidente da Claro, João Cox, lembrou que além da terceira geração, ao longo de 2008 e 2009, as empresas estarão também administrando a portabilidade, o que exigirá esforço da companhia para que a prestação do serviço não fique prejudicada.

Leilão disputado

Para o presidnete da Anatel, embaixador Ronaldo Sardenberg, o leilão de 3G será ?muito disputado? por todas as operadoras e não espera interposição de recursos que poderão barrar o processo. ?Esperamos anunciar o resultado normalmente no dia 18 de dezembro?, afirmou. Sobre o preço das licenças avaliadas em R$ 2,8 bilhões e que as operadoras consideram muito alto, Sardenberg destacou que "na Argentina as freqüências custaram o dobro desse valor?.

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