Oi: acordo com credores só depois do dia 19 de dezembro

A Oi acredita que existe um caminho na negociação com os credores. Em teleconferência para apresentar os resultados do trimestre nesta quinta, 10, o presidente da empresa, Marco Schroeder, voltou a afirmar que o processo de recuperação judicial (RJ) da companhia segue nos trilhos, apesar do cenário macroeconômico. "Entendemos que os resultados são positivos para a companhia e temos a convicção de que poderemos equacionar a dívida", declarou ele, destacando que a evolução de R$ 2 bilhões em trimestre no caixa reforça a confiança de que a operadora é "viável e sustentável". "A gente acredita efetivamente que existe caminho que tende a acelerar o processo de negociação com credores", afirmou.

O diretor de finanças e relações com investidores, Ricardo Malavazi, assegurou que a equipe trabalha com cuidado, apesar da complexidade da RJ, cumprindo os prazos e ritos legais. Mas ressalta que algumas datas não podem ser acelerados pela empresa. "Prazos iniciais para a segunda lista de credores só devem ocorrer até o dia 19 de dezembro deste ano. Até essa data, não existe possibilidade de anunciar qualquer tipo de acordo – isso se não ocorrer outras coisas relacionadas à companhia", declarou, mas reforçando que os esforços são concentrados para acelerar a etapa.

Novo modelo

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Como maior concessionária do serviço de telefonia fixa no País, a Oi é talvez a principal interessada no novo marco regulatório que trará a revisão do modelo. O diretor regulatório da companhia, Carlos Eduardo Monteiro, disse ter boa expectativa com a aprovação do PL 3.453/2015, embora reconheça a probabilidade de isso só ocorrer no primeiro trimestre de 2017. "A Oi entende que pode ser protagonista pelas dimensões (da infraestrutura) que tem no Brasil, uma vez que isso seja aprovado", declarou. O projeto está praticamente aprovado na Câmara (a depender ainda de haver recurso para ir ao plenário) e depois segue ao Senado.

Uma vez que o PL seja aprovado, explica Medeiros, a Anatel deverá definir a metodologia de cálculo para ter novos compromissos dentro de uma agenda de política pública de banda larga. Como esses objetivos não estão definidos, agência e o governo ainda discutirão com as companhias para determina-los. "Isso seria objeto de discussão para que pudesse acomodar investimentos e questão operacional, porque tem que considerar todos os aspectos", declarou.

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