A viabilidade do desligamento das transmissões analógicas de TV em 2016 ainda é fruto de discussões entre governo e setores envolvidos. Um dilema semelhante ao do "ovo ou a galinha" envolvendo a oferta de sinais digitais e a base instalada de televisores com capacidade de recepção digital gera alguma animosidade.
Embora o governo trabalhe com a previsão de que 50% dos lares brasileiros tenham TV digital até 2013, há quem duvide da capacidade da indústria fabricante de suprir essa demanda. Para um radiodifusor ouvido por este noticiário, a viabilidade do switch off em 2016 é uma questão meramente industrial. Segundo ele, a cidade de São Paulo é a prova disso, uma vez que todas as emissoras da cidade já transmitem digitalmente, com oferta significativa de conteúdo em alta definição. "Se quiséssemos desligar o sinal de São Paulo hoje, a produção anual de receptores não seria suficiente para atender à demanda", diz a fonte. Para ele, a busca por equipamentos inflacionaria o mercado de receptores.
O mesmo radiodifusor, no entanto, concorda que digitalização da base instalada de retransmissoras até 2016 também pode ser um entrave à manutenção do cronograma.