Soluções de software em cibersegurança vêm sendo uma grande aposta da Cisco. A demanda cresce no Brasil nos últimos tempos, especialmente com a volta aos escritórios, que é realidade na América Latina como um todo, em um momento pós pandemia.
"Isso tem gerado muita demanda do ponto de vista de refresh das tecnologias atuais de suporte", avaliou o Presidente da Cisco Brasil, Ricardo Mucci, no CyberSec Tech Day, promovido em São Paulo, nesta terça-feira, 10.
Neste sentido, o líder de cibersegurança da Cisco do Brasil, Fernando Zamai, destacou no evento a busca da companhia pela consolidação em soluções baseadas na nuvem. Segundo ele, essa é a "forma de entregar mais democraticamente toda a capacidade" da empresa.
Além de democrática – no sentido de relevante e funcional para atender uma grande quantidade de clientes distintos entre si – outro benefício das soluções na nuvem é a redução do custo operacional, afirmou Zamai, ao anunciar a simplificação do portfólio de cibersegurança com suporte do ambiente cloud. A companhia tem parcerias com a AWS, mas também fornece aos clientes acesso aos produtos de segurança via Azure, Google Cloud, ou outro provedor desejado.
O esforço em software, no entanto, não significa que a companhia pretende deixar de fazer hardware, segundo Ricardo Mucci. A demanda por equipamentos especializados continua, mas o software ganhou importância nos últimos anos e o direcionamento para nuvem amplia o horizonte da companhia, afirma.
Entre as soluções disponíveis, foram destacadas demonstrações de ferramentas de zero trust, do XDR (para detecção e resposta estendida) e o Cisco Umbrella.
Rede e conhecimento
A companhia, atualmente, conta com uma das maiores redes de inteligência contra ameaças do mundo: o Talos. Composto por pesquisadores, analistas e engenheiros qualificados, o grupo proporciona visibilidade "líder" na indústria, inteligência processável e investigação de vulnerabilidades, para proteger tanto os clientes como a Internet em geral, afirma a Cisco.
Além disso, há uma preocupação em promover também o conhecimento em cibersegurança no mercado nacional. Por isso, Mucci citou o programa Networking Academy, focado na educação e treinamento técnico com o uso de ferramentas e-learning para conhecimentos e habilidades em tecnologia da informação. Uma parte relevante dos alunos são, hoje, mulheres, como resposta ao desafio de inseri-las em um ambiente ainda muito masculinizado.