Os fundos de pensão Previ, Petros e Telos são a favor de uma aliança estratégica entre a BrT e a TIM, disse uma fonte ligada às fundações. Os representantes das entidades de previdência não concordam com uma possível participação da Brasil Telecom (BrT) no leilão das sobras das banda D e E e deverão demonstrar isso na reunião prévia de Invitel que discutirá o tema, no próximo dia 14. Para a mesma data estão marcadas reuniões do conselho de administração da Brasil Telecom Participações e da Brasil Telecom S.A., ambas controladas indiretamente pela Invitel, que é composta pelas fundações e pelo Opportunity.
A idéia de convocar uma reunião para debater a participação no leilão partiu do Opportunity. Ela provavelmente será aprovada porque o acordo de acionistas de Invitel exige que os fundos de pensão acompanhem o voto do Opportunity.
Telecom Italia
Se a BrT comprar uma licença de telefonia móvel isto poderá inviabilizar a volta da Telecom Italia ao controle da empresa, já que as regras da Anatel proíbem que uma mesma companhia controle duas operadoras do mesmo serviço e que atuem em áreas sobrepostas.
Vale lembrar que, na época em que foi firmado o acordo entre Opportunity e Telecom Italia para que esta deixasse temporariamente o controle da BrT, fontes ligadas ao banco gestor comentaram a existência de um ?acordo de cavalheiros? no qual o Opportunity se comprometia a não aprovar na BrT a compra de qualquer operação de telefonia celular.
A rapidez com que este acordo seria rompido indica que a Telecom Italia pode ter mesmo "jogado a toalha" na disputa mantida com o sócio Opportunity nos últimos anos. Os italianos estariam dando sinais de que não se interessam em voltar ao controle da BrT após o cumprimento de metas da empresa, como prevê uma das cláusulas do acerto que os tirou recentemente do comando da operadora. Nesta briga, a Telecom Italia preferiu preservar os investimentos na TIM, onde não tem sócios problemáticos, acima de qualquer outro interesse.