A Algar Telecom reportou resultados operacionais e financeiros do segundo trimestre na noite da última terça-feira, 9. Os números apontaram uma alta de 10,4% na receita líquida (para R$ 673,5 milhões), mas com um prejuízo de R$ 3 milhões entre abril e junho.
Segundo a operadora mineira, as razões para o resultado negativo foram especialmente o maior volume de despesas financeiras no período (fruto do aumento da dívida bruta e de altas no CDI e IPCA médios) e um maior dispêndio com amortização e depreciação, decorrente sobretudo da compra da Vogel Telecom. No segundo trimestre do ano passado, a Algar havia lucrado R$ 48 milhões.
Já o Ebitda da companhia cresceu 10,4% na base anual sem efeitos pontuais (e 6,7% na reportada), para R$ 270,5 milhões. No segundo trimestre, a margem Ebitda ficou em 40,2%, em linha com a do ano passado, mas em uma base semestral, houve recuo: o indicador passou de 42,6% nos seis primeiros meses de 2021 para 39,8% no intervalo até junho.
A menor margem foi explicada pelos impactos inflacionários e também por efeitos advindos da integração da Vogel, "que traz, nos períodos iniciais, custos e despesas que são objeto de um cronograma de captura de sinergias", segundo a Algar.
B2B e consumo
Da receita de mais de R$ 673 milhões da Algar entre abril e junho, R$ 448,1 milhões vieram do segmento B2B, responsável por 67% do faturamento do grupo. A vertical cresceu 16,9% em um ano, mas recuou 3,9% na comparação com o primeiro trimestre de 2022.
A Algar somava 191,3 mil clientes corporativos até o fim de junho, em base que avançou 13,6% em um ano. Do total, 170,3 mil são pequenas e médias empresas. A ampliação da rede com a integração de ativos da Vogel contribuiu para a maior pegada comercial neste campo. Também vale apontar que o segmento de TI é responsável por 16,3% das receitas B2B da operadora.
Já no mercado de consumo (B2C), a receita da Algar ficou em R$ 225,3 milhões. Houve queda de 0,5% na comparação anual, mas alta de 1,4% frente ao primeiro trimestre. O destaque foi o segmento móvel, que avançou 7,7% em termos de receita, com impulso de 11,6% do pós-pago, de maior valor.
Já as receitas da Algar com banda larga residencial recuaram 2,6%, apontou a empresa. No B2C, a companhia tem 525 mil clientes ativos de Internet fixa, sendo 510 mil conectados com fibra óptica. Somados ao B2B, a Algar tem 780 mil acessos de banda larga, sendo 758 mil em fibra.