Aos moldes da Comissão Europeia, a Comissão Econômica para a América Latina e o Caribe (Cepal) propõe uma nova agenda digital conjunta para a região pelos próximos três anos, a eLAC2018. Representantes de 17 países e membros da sociedade civil, setor privado e comunidade técnica aprovaram um documento durante conferência na última sexta-feira, 7, no México, para fomentar a economia digital com foco no acesso e desenvolvimento de infraestrutura.
No evento foi apresentado relatório dos avanços em diferentes estágios pela América Latina, enfatizando "fortes atrasos em relação às economias desenvolvidas". Diz ainda que o desenvolvimento na região enfrenta problemas relacionados à estrutura econômica, com capacidade de produção de equipamentos, software e aplicativos "muitos frágeis" e concentradas em "dois ou três países".
O relatório diz ainda que há atraso na implantação de 4G e de fibra ótica na região. "Superar este problema implica esforços de investimento e coordenação que poderiam ser potencializados mediante um mercado digital regional único." A Cepal ressalta, no entanto, que houve progresso: a penetração de acesso à Internet calculada sobre a população da região saiu de 20,7% em 2006 para 50,1% em 2014.
Originada em 2005, a agenda digital já teve três fases (de 2005 a 2007, 2008 a 2010 e 2011 a 2015). A eLAC2018 será apresentada na Cúpula Mundial da Sociedade da Informação (CMSI), que acontecerá durante Assembleia Geral da ONU no final deste ano.