Embratel sairá perdendo de confronto, apostam analistas

Já há uma forte percepção entre os analistas de mercado ouvidos por TELETIME News que o congelamento da atual situação da longa distância nacional (mantida, portanto, a liminar que proíbe a Telefônica de atuar nesse segmento), sem mudanças nas tarifas de interconexão pode, paradoxalmente, significar um grande problema para a Embratel. Isso porque a empresa controlada pela WorldCom não está conseguindo sequer manter o seu faturamento nas condições atuais.
Fontes do mercado asseguram que a receita da Embratel no segundo trimestre não deverá ser muito diferente da registrada no primeiro trimestre, em torno de R$ 1,8 bilhão. Ou seja: não consegue crescer. Ao mesmo tempo, sua dívida em dólares deverá aumentar devido à variação cambial de 22,4%. Ou seja: o prejuízo, que já foi de R$ 36 milhões nos primeiros três meses do ano, tende a crescer.
Enquanto isso, sua principal adversária nessa briga, a Telefônica, teve crescimento anual de receitas de 15% no primeiro trimestre e, mesmo com lucros decrescentes, ainda pode contar com resultado positivo de R$ 212 milhões. ?Se a Telefônica esperar e a Anatel não mexer, é uma questão de tempo?, comenta o analista-chefe de uma das corretoras mais atuantes em telecomunicações, considerando que a Embratel é o lado mais fraco nessa queda de braços. Ou seja, a Embratel se afundaria financeiramente muito antes da Telefônica sentir efetivamente o engessamento judicial a que está submetida.

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