Wi-Fi e ampliação da capacidade das redes é o foco dos operadores de cabo nos EUA

A pauta dos principais executivos de tecnologia das operadoras de cabo dos EUA tem três itens principais: Wi-Fi, ampliação da capacidade do acesso banda larga e melhoria das interfaces dos usuários. Esse foi o resumo do painel realizado durante a Cable 2013, principal evento mundial de TV por assinatura, que acontece esta semana em Washington. Segundo Tony Werner, CTO da Comcast, maior operadora de cabo dos EUA, ampliar a capacidade de acesso Wi-Fi, sobretudo para padrões que permitem maiores velocidades, é hoje um desafio crítico para as empresas de TV paga por conta da quantidade de dispositivos conectados que os usuários tem em casa e das necessidades de conteúdo em banda larga. "Queremos que o nosso conteúdo seja consumido em qualquer plataforma e de preferência na nossa rede. A rede Wi-Fi é essencial para isso", diz. As operadoras dos EUA têm investido fortemente em redes públicas de Wi-Fi. Para isso, a Comcast, por exemplo, vai usar a sua própria base de clientes, fazendo com que cada hotspot doméstico se torne um hotspot público, sem que isso prejudique o serviço individual do cliente. A estratégia está sendo lançada esta semana em Washington e deve ser ampliada para várias cidades onde a empresa opera.

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A Time Warner Cable tem essa mesma prioridade, assim como a Cablevision. Para Mike Lajoie, CTO da operadora, a estratégia de Wi-Fi vem combinada com um crescente esforço de ampliação da capacidade das redes banda larga, por isso é importante pensar em dispositivos Wi-Fi que estejam preparados para essa realidade. Ele também disse que os operadores dos EUA estão muito atentos ao momento de mudança que deve representar a chegada do padrão DOCSIS 3.1, a partir do final desse ano, que deve trazer uma nova modulação e ganhos de até 50% na eficiência e nas velocidades obtidas por MHz da redes. "Mas além disso, precisamos pensar em como utilizar essa capacidade de banda que será adicionada", diz LaJoie.

Outro ponto importante para os responsáveis pela área de tecnologia das operadoras é um aprimoramento das interfaces de usuário e a possibilidade de desenvolvimento de aplicativos que rodem nos set-tops e que possam fazer frente à crescente tendência de set-tops e televisores conectados. Além disso, os operadores estão preocupados em encontrar formas de permitir o rápido desenvolvimento de novas plataformas de set-top, e por isso apostam em plataformas de software abertas que possam ser implementadas por vários vendors. Os RDKs (Reference Development Kits) padronizados têm sido disponibilizados pelas operadoras há cerca de um ano e os resultados começam a aparecer agora, com mais opções de caixas que já saem das mesas de projeto das principais fabricantes otimizadas para as operadoras de cabo, diminuindo custos e o tempo de implementação dos set-top boxes.

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