Metas de telefonia rural do PGMUIII têm déficit de R$ 2 bilhões, diz Oi

A Oi ainda não está 100% segura de que o governo tenha encontrado todas as fontes de financiamento para as metas de universalização da telefonia rural constantes do PGMU III, embora a minuta do contrato ainda não tenha sido disponibilizada às teles. De acordo com Paulo Mattos, diretor de regulamentação da Oi, mesmo considerando a troca de TUPs urbanos por TUPs em áreas rurais e a utilização do saldo do backhaul ainda ficariam faltando cerca de R$ 2 bilhões. "Não existe nenhum plano de universalização rural que não tenha uma combinação com recursos públicos, porque isso é deficitário. A receita auferida em nenhum caso no mundo permite cobrir o Capex e o Opex para operar e manter o sistema", diz ele.
O executivo reclamou que as empresas ainda não conhecem os termos dos contratos que serão assinados no dia 30 de junho e que, pelo que ele tem conhecimento, o contrato tem duas "inseguranças jurídicas". A primeira é o ônus de 2% da concessão que incidirá também sobre a receita de interconexão e não apenas telefonia. A segunda é a previsão de fiscalização sigilosa.
Marcos Bafutto, diretor de regulamentação da Telefônica, manifestou preocupação em relação aos regulamentos que serão editados após a aprovação do PGMU III que não podem, na sua visão, gerar nenhum desequilíbrio. E também sobre os contratos que, faltando 20 dias para a assinatura, ainda não foram apresentados às teles. "Importante que o texto definitivo seja apresentado às empresas com antecedência para que possamos fazer os trâmites internos e assinar com tranquiilidade", diz ele.

Notícias relacionadas
Eduardo Levy, presidente do SindiTelebrasil, também não ficou plenamente satisfeito com o PGMU III. "Entendemos que foi o que foi possível ao final desse doloroso processo".

DEIXE UMA RESPOSTA

Por favor digite seu comentário!
Por favor, digite seu nome aqui
Captcha verification failed!
CAPTCHA user score failed. Please contact us!