Divulgado na noite desta terça-feira, 10, o balanço financeiro da Vivo no primeiro trimestre indicou a maior alta de receita em sete anos para o grupo: 4,6%, para R$ 11,352 bilhões. Ainda assim, o lucro líquido da operadora recuou 20,4% na comparação anual, para R$ 750 milhões.
Os números de janeiro a março de 2022 foram puxados por crescimento de 6,1% da companhia no segmento móvel – no qual R$ 7,581 bilhões foram gerados em faturamento. Já a divisão de serviços fixos cresceu 1,9%, para R$ 3,770 bilhões.
Os custos totais da Vivo, por sua vez, avançaram 7% na comparação com o primeiro trimestre de 2021 – atingindo R$ 6,840 bilhões após aumento nos gastos com serviços e produtos vendidos, pessoal e despesas comerciais. Na mesma base, os investimentos da Vivo recuaram 3,3%, para R$ 1,880 bilhão no trimestre.
Como reflexo, o avanço no Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) da companhia foi de 1,3%, para R$ 4,511 bilhões. A margem Ebitda/receita líquida caiu, fechando o trimestre em 39,7%, frente 41,1% há um ano.
Core
Na operação fixa, as receitas consideradas "core" pela Vivo cresceram 11,9%. Isso inclui os mercados de fibra óptica, IPTV, dados corporativos e TICs. Já a receita com negócios legados (ou não-core, como banda larga em redes de cobre, DTH e telefonia fixa) recuou 17%, levando o consolidado das operações fixas para alta de apenas 1,9%.
Em março, os segmentos core já representavam 71,7% da receita fixa da Vivo. Um dos componentes com maior crescimento é a fibra óptica até a residência (FTTH), que gerou R$ 1,272 bilhão para a companhia no primeiro trimestre, em alta de 25,9%. A operadora tem 20,5 milhões de casas passadas com fibra, sendo que 4,8 milhões delas são clientes (alta de 29%).
Acessos
No trimestre, a empresa comemorou a marca de 100 milhões de acessos totais ativos, quando considerados assinantes móveis e fixos. Vale lembrar que no segundo trimestre, a Vivo também adquiriu fatia da Oi Móvel, o que vai levar os acessos totais para 112 milhões.
No caso da telefonia celular, eram 85 milhões de clientes ativos até o fim de março, sendo 51 milhões pós-pagos e 34 milhões, pré-pagos. Tal base atendida pela Vivo cresceu 7% em um ano, sendo 11% na modalidade pós, que adicionou 1,269 milhão de chips no tri, alcançando 81% da receita móvel. A vertical gerou R$ 5,594 bilhões para Vivo no trimestre, em alta de 5,9%.
O pré-pago também cresceu (4,7%), atingindo receita de R$ 1,279 bilhão. Ainda houve incremento de 10% na receita de aparelhos vendidos pela operadora, totalizando outros R$ 708 milhões.