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Fundação Telefônica aponta desafios para a transformação digital na América Latina

Foto: Pixabay

A Fundação Telefônica Vivo, lançou nesta terça-feira, 10, o relatório Sociedade Digital na América Latina 2020-2021 (confira aqui o documento), que analisa a transformação digital na região. O trabalho leva em consideração aspectos como o desenvolvimento da infraestrutura de telecomunicações e as políticas necessárias para garantir sua implantação, assim como a importância da tecnologia para dinamizar a economia. Mas também avalia os impactos da Covid-19 e a importância da capacitação digital.

Esta é a primeira vez que relatório tem uma edição focada na América Latina. A iniciativa já existe há mais de 20 anos na Espanha, liderada pela Fundação Telefónica (global), e o recorte na América Latina visa refletir a diversidade que caracteriza a região.

O documento ressalta que na América Latina, segundo o BID, um aumento médio de 10% na penetração de banda larga nos países da região pode causar um aumento de 3,19% do produto interno bruto e de 2,61% da produtividade, o que contribuiria para a criação de 67 mil empregos diretos. “A Agenda Digital para a América Latina e o Caribe (eLAC) é uma estratégia voltada para 2022 que propõe o uso de tecnologias digitais como instrumentos de desenvolvimento sustentável. Um de seus objetivos é incentivar a governança digital na região.”

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O documento traz uma análise da situação do continente na comparação global, seus desafios e oportunidades comuns, e apresenta a evolução da sociedade digital de cada país. Com isso, o relatório procura traçar uma imagem inicial de uma região que, por um lado, sofreu de forma particularmente intensa os efeitos da pandemia e, por outro, sentiu a necessidade de aprofundar o processo de digitalização. Entre as conclusões do relatório Sociedade Digital Latam, uma que resume a situação global é a que diz que “a recuperação da crise provocada pela pandemia de Covid-19 será digital”.

O documento também destaca que, de todos os segmentos do tecido empresarial, as micro, pequenas e médias empresas (MPME) são as menos desenvolvidas em digitalização. “Esse é um processo fundamental que melhora a posição competitiva [das MPMEs]”, conclui o relatório.

Desigualdade e capacitação

“Além da necessidade de investimento em infraestruturas e sistemas, um dos grandes obstáculos para o desenvolvimento da governança digital na América Latina é a falta de formação digital do capital humano”, diz o documento. Para a entidade, um dos maiores desafios na região é a superação da desigualdade social, que pode ser agravada em grupos com acesso limitado à conectividade e à tecnologia.

Para superar esse problema, a Fundação Telefónica diz que é fundamental reforçar as competências digitais da população. “Demonstrou-se que as competências e habilidades associadas às novas tecnologias constituem poderoso fator de inclusão social e tornaram-se necessárias em todas as áreas da vida: para estudar e trabalhar, para se relacionar com a administração pública ou para aproveitar o lazer”, diz o documento.

A crise provocada pela pandemia de Covid-19 e a consequente limitação de treinamentos presenciais evidenciam a importância que a internet e as tecnologias de comunicação ganham como meios para garantir a continuidade do processo de ensino e aprendizagem. O documento orienta que os países da América Latina devem fazer um esforço maior para eliminar as lacunas digitais entre os alunos e garantir a conectividade e o desenvolvimento de habilidades e competências.

“O modelo de educação do país não é digital e a pandemia nos evidenciou isso de forma ainda mais clara. Nesse contexto, a transformação digital que acreditamos exige que o ambiente escolar seja peça fundamental no desenvolvimento de competências de crianças e adolescentes”, explica Americo Mattar, diretor-presidente da Fundação Telefônica Vivo. “Não há dúvidas da relevância da conexão mas, enquanto as políticas públicas focarem apenas na infraestrutura de internet em vez do desenvolvimento de competências digitais e novas práticas pedagógicas, não estaremos preparando os jovens para as exigências da sociedade”, conclui.

Inteligência Artificial

O relatório destaca que a inteligência artificial continuará se desenvolvendo no futuro, que as máquinas aprenderão cada vez melhor e que a automação dos processos industriais modificará radicalmente o mercado de trabalho. “A principal questão é como fazer com que essa transformação ajude a melhorar a vida das pessoas na América Latina e como agir para tornar a digitalização inclusiva, justa e sustentável. Isso exigirá o compromisso das instituições sociais, econômicas e democráticas, bem como uma colaboração mais intensa entre os setores público e privado”, diz o documento.

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