Nextel tem queda nas receitas, mas lucro operacional cresce no primeiro tri

Ainda controladora da Nextel Brasil, a NII Holdings divulgou seu balanço financeiro do primeiro trimestre nesta sexta-feira, 10. No período, a subsidiária brasileira teve receitas de US$ 146,8 milhões (cerca de R$ 581 milhões), em queda de 19% em um ano e de 6% se considerada a variação cambial. Já o lucro operacional antes de depreciação e amortização (OIBDA ajustado) ficou em US$ 23,1 milhões (R$ 91,4 milhões), contra US$ 1 milhão um ano atrás.

Segundo a direção da operadora móvel, os números indicam "um curso normal" da companhia mesmo com o desinvestimento da operação para a Claro Brasil. "Apesar da venda pendente da Nextel Brasil, estamos mantendo nossa estratégia operacional e administrando nossos negócios no curso normal, enquanto continuamos disciplinados sobre os gastos, inclusive com novos esforços para reduzir custos", afirmou o CEO, Roberto Rittes, que classificou os resultados como sólidos.

Segundo a NII, ao fim do ano passado a Nextel somava US$ 226 milhões (R$ 894 milhões) em fontes para financiamento, sendo US$ 120 milhões (R$ 475 milhões) disponíveis para investimentos no curto prazo; os US$ 106 milhões restantes são provisões ligadas com o encerramento das operações da NII no México.

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A operadora brasileira ainda tem cerca de US$ 200 milhões (ou R$ 783 milhões ajustados) em créditos tributários relacionados com pagamentos indevidos de PIS/Cofins, conforme notificação recebida em abril; US$ 11 milhões foram reconhecidos no OIBDA do primeiro trimestre. A empresa tem cinco anos para utilizar o recurso; ainda assim, a NII lembra que "sob os termos do acordo de compra com a América Móvil, a Nextel Brasil não pode usar esses créditos antes do fechamento da transação, exceto para fins específicos, a pedido da América Móvil". Além disso, antes de utilizá-los, "a Nextel Brasil é obrigada a obter autorização das autoridades fiscais brasileiras, que ainda não foram concluídas".

No primeiro trimestre, outros destaques da companhia foram 132 mil adições líquidas na base de clientes 3G/4G, culminando em alta de 14% em um ano (para 3,4 milhões); a redução do churn (para 2,35% no trimestre ante 3,02% há um ano); e a expansão dos canais de venda de varejo. Já a receita média por usuário mensal (ARPU) recuou de US$ 17 para US$ 14 em um ano.

Holding

No caso da controladora NII, o OIBDA ajustado ficou em US$ 18,9 milhões (R$ 74,8 milhões) nos três primeiros meses de 2019, contra US$ 3,3 milhões negativos há um ano. A Nextel é a única empresa detida pela holding norte-americana, que deve ser dissolvida após a conclusão do negócio com a Claro, prevista para o quarto trimestre. O lucro operacional da NII no primeiro trimestre foi de US$ 900 mil (R$ 3,5 milhões), contra perdas de US$ 13,3 milhões no mesmo período de 2018. Diretor financeiro da NII, Dan Freiman observou que o foco da holding é maximizar a liquidez enquanto a empresa espera pela conclusão do negócio anunciado em março.

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