As receitas globais de serviços de vídeo over-the-top (OTT) como Netflix, Hulu, iTunes e Amazon tiveram um crescimento anual de 60% em 2012 e somaram ao final de dezembro mais de US$ 8 bilhões, segundo estimativas da ABI Research. E com um número cada vez maior de eletrônicos de consumo e dispositivos móveis conectados, esse montante pode ultrapassar os US$ 20 bilhões já em 2015.
Nas regiões da América do Norte, Europa e Ásia-Pacífico – os três maiores mercados para vídeo OTT– o crescimento da receita no ano passado ultrapassou os 50%. Já os modelos de negócios variam. Na América do Norte, por exemplo, o modelo mais popular é o de assinatura de serviço. Segundo dados da ABI, em 2012 cerca de 58% das receitas de vídeo OTT vieram de serviços de assinaturas, mas esse percentual deve ser reduzido para 32% até 2018, com uma maior difusão de outros modelos de negócio, como o pagamento por evento.
O diretor da ABI, Sam Rosen, avalia que o setor de TV por assinatura ainda tem grandes força e valor, mas ressalta que os fatores que impulsionarão uma mudança na forma de o usuário consumir conteúdos já estão claros. "Seja pela expansão para mercados internacionais da Netflix ou com (as emissoras de TV aberta) ABC e CBS melhorando seus serviços de catch-up, os tijolos que reestruturarão como, quando e onde os consumidores assistirão conteúdos estão começando a dar forma a um novo futuro. Futuro este, entretanto, que não é desprovido dos meios tradicionais de comunicação nem é uma questão de novos meios necessariamente vencedores, mas sim uma redistribuição da riqueza na cadeia de valor".