Na Copa do Mundo e nas Olimpíadas, o Brasil será inundado de turistas, muitos deles com smartphones e tablets, demandando mais capacidade das redes das operadoras móveis. Durante partidas de futebol e outros eventos esportivos, o risco é grande de ocorrerem períodos de pico de tráfego, congestionando o serviço e reduzindo a taxa de chamadas completadas. Para que as operadoras brasileiras não saiam com sua imagem arranhada, a Huawei quer trazer para o País um serviço de garantia de qualidade em telefonia móvel durante grandes eventos. A ideia já está sendo apresentada às teles nacionais e faz parte das demonstrações da fabricante em um road show tecnológico aberto pela empresa esta semana no Rio de Janeiro.
A proposta da Huawei consiste em atuar em conjunto com a operadora no planejamento das redes para os eventos que acontecerão no País. "Vamos estudar o tráfego em eventos anteriores de menor porte para calcular o que precisará ser feito", explica o CTO da Huawei no Rio de Janeiro, Alexandre Fernandes. São elaborados planos de contingência e a própria instalação e manutenção da rede nos locais dos grandes eventos ficariam a cargo da Huawei. Como garantia para a operadora, a fabricante assina um contrato de nível de serviço (SLA) com metas "agressivas", afirma Fernandes.
A Huawei prestou serviços similares para a China Mobile e China Unicom nas Olimpíadas de Pequim, e também para uma operadora sul-africana durante a Copa do Mundo de 2010.
LTE
No road show da Huawei, o destaque tecnológico são as demonstrações de redes de quarta geração (4G) no padrão LTE. A empresa montou uma mini-rede em 2,5 GHz na qual consegue atingir picos de download de 97,7 Mbps, o que seria suficiente para baixar um vídeo de 800 Mb em 1,5 minuto ou uma música de 5 Mb em 0,5 segundo. Outra demonstração feita sobre a rede LTE é o streaming de um vídeo em três dimensões.
