A Nokia anunciou, nesta segunda-feira, 10, que conseguiu ativar a primeira rede móvel na Lua. Entretanto, em função de falhas no pouso da sonda Athena, não foi possível realizar uma ligação de celular direta do satélite natural como havia sido planejado.
Em comunicado, a empresa informou que validou, com sucesso, os principais aspectos da operação da rede, como a transmissão de dados para o seu centro de controle e a estação terrestre da Intuitive Machines, empresa responsável pela missão IM-2.
No entanto, o módulo lunar foi comprometido pelo modo como pousou na superfície da Lua. Com isso, em vez de dez dias, a sonda operou por apenas um dia, o que também atrapalhou os planos da Nokia.
Segundo a fornecedora finlandesa, o Sistema de Comunicações de Superfície Lunar (LSCS, na sigla em inglês), projetado pelo centro de pesquisa Nokia Bell Labs, funcionou por cerca de 25 minutos. Nesse período, a empresa "concluiu com sucesso vários testes".
Os componentes da rede de telecomunicações, incluindo a estação rádio base (ERB) e o núcleo da rede, operaram sem problemas durante o tempo em que contavam com energia – ou seja, a janela de 25 minutos.
Horas depois, a temperatura do módulo caiu bem abaixo da faixa operacional em função da restrição de energia e das condições do local de pouso da Athena. Com isso, não foi mais possível ativar a "rede em uma caixa", como a empresa chama a solução.
"Nós entregamos e implantamos a primeira rede celular na Lua e estamos extremamente orgulhosos dos resultados que alcançamos, apesar das circunstâncias muito desafiadoras", disse Thierry E. Klein, presidente da divisão de Pesquisa de Soluções da Nokia Bell Labs.
"Se os módulos do nosso dispositivo estivessem funcionais quando nossa rede em uma caixa foi ligada, tudo indica que teríamos conseguido concluir a primeira chamada de celular na Lua. [Mas] os sucessos que conseguimos alcançar ainda são significativos", acrescentou.
