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Plano da TIM prevê parcerias para rede fixa, serviços financeiros e publicidade

Foto: Pixabay

Acompanhando a controladora Telecom Italia, a TIM Brasil também divulgou nesta terça-feira, 10, o plano estratégico para o triênio 2020-2022. Um dos principais focos da empresa é o de austeridade nos processos, mas também o de buscar parcerias de infraestrutura (como rede fixa neutra) e em serviços, como oportunidades de serviços financeiros por meio de acordos com bancos.

A operadora estabeleceu metas para baseadas nos pilares de sustentabilidade e crescimento de receita, aumento da lucratividade, desenvolvimento da infraestrutura e expansão da geração de caixa. Para tanto, as alavancas são centradas na melhora da rentabilidade, com expansão de negócios da banda larga fixa e no B2B; além da melhora operacional, com aceleração da transformação digital, abordagem seletiva do Capex e “abordagem de austeridade” para disciplina financeira.

A empresa fala em formar uma “parceria para criar um ativo neutro de infraestrutura de fibra no Brasil”. Para tanto, afirma que está em processo de sondagem de mercado com “um assessor” não revelado para encontrar o parceiro adequado. A ideia é expandir os serviços da TIM Live, extraindo valor adicional para equilibrar receitas e investimentos. 

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Também procura parcerias estratégicas em IoT, publicidade móvel e serviços financeiros. No primeiro caso, a operadora quer “desenvolver em escala e monetizar verticais de IoT para explorar as oportunidades de B2B”, citando mercados como agricultura e transporte/logística (com acordo com fabricante de carros para promover conectividade e automação). 

Em outro foco, a TIM quer atuar como “publicitária”, explorando “touch-points disponíveis”; e como uma ad tech player, aproveitando conhecimento e propriedade do cliente. A empresa afirma ter assinado novos contratos de testes nos últimos dois meses, e que já gerou R$ 190 milhões em produtos de publicidade móvel, com potencial de ganho de cerca de 35%. 

Na estratégia de serviços financeiros, a operadora quer ter uma “oferta bancária completa”, com parceria comercial e valor gerado por comissões para a abordagem de alto valor. Para tanto, diz que anunciará um acordo com “um banco digital” nas próximas semanas. Para o segmento de baixo valor, declara ter uma lista de parceiros sob análise, com a ideia de fazer uma “parceria simbiótica” como joint-venture, com valor gerado por compartilhamento de lucro. 

Metas de infraestrutura e tecnologia

Na infraestrutura, a TIM tem como objetivo se “preparar para o futuro” ao evoluir o que já tem e ao se adequar a novas tecnologias. A empresa quer rever a arquitetura das plataformas de TI nos próximos 18 a 24 meses para alavancar o digital e automação, enquanto melhora a eficiência de espectro implantando novos sites e usando refarming e tecnologia de múltiplas entradas e saídas massiva (M-MIMO). 

A transformação vem por meio do 5G e monetização de dados, inteligência artificial, consolidação do 2G/3G e distribuição de conteúdo. Com isso, espera contar com acesso fixo-móvel (FWA); novas oportunidades de negócio em Internet das Coisas; economias com descomissionamento; densificação e soluções inovadoras; e arquitetura convergente. 

Móvel e fixo

No segmento móvel, a TIM quer promover a sustentabilidade por meio de uma “mudança de volume para valor” – ou seja, almejando uma base mais qualificada para o retorno. Para tanto, pretende reduzir o churn até 0,6 ponto percentual em 2022 (atualmente é de 3,8%), eliminando pontos críticos com gestão de descontos, fidelizando clientes de alta propensão e melhorando nível de serviços. 

A operadora também pretende “atacar em todos os segmentos”, embora projete um crescimento do mix para ficar com mais de 45% da base de pós-pago em 2022, por meio de posicionamento da marca e com receita de aparelhos (não fica claro se haverá ou não subsídios). Ainda assim, visa acelerar o pré-pago com promoções e ofertas regionais. O crescimento do ARPU viria até 5% entre 2019-2022, por meio de “oportunidades” de upselling, preços com abordagem de “mais por mais”, e uso de big data, análise de dados e “capacidades do NBA”. 

Na banda larga fixa, a TIM estima ter crescimento médio acima de 30% na receita líquida, com maior cobertura FTTx (chegando a mais 15 cidades em 2020, aumento de 40% em homes-passed). Isso seria possível com o uso da abordagem de escolha seletiva, melhora no atendimento e autoatendimento, redução do “early churn” (desligamento precoce) e com processos “confiáveis” de arrecadação. A tele imagina que a diferenciação do produto se dará por meio de colaboração com conteúdos over-the-top (OTT), além de melhora da experiência com Wi-Fi. 

Eficiência

O plano estabelece como meta aumentar a eficiência em processos, com novos modelos de crédito e melhoria de sistemas de cobrança, além de modelos preditivos para reduzir despesas do juizado especial para pequenas causas. A automação e a digitalização vêm por meio de medidas de autoprovisionamento, como uso de “Naked SIM”; de auto atendimento com URA cognitiva e serviços de WhatsApp (chatbots) para consultas de saldo ou segunda via de boleto; e self-healing para resolução técnica de serviços de banda larga. 

Os investimentos serão mais inteligentes, diz a TIM. A intenção é a de aproveitar acordos industriais como o MoU com a Vivo, ou o uso de tecnologias como M-MIMO. A própria transformação da TIM Live com parceria também é citada como medida. Também quer “cloudificar”, com armazenamento comoditizado. Processos administrativos e gestão de folha de pagamento, planejamento e desenvolvimento de TI também estão no horizonte. 

1 COMENTÁRIO

  1. A Tim Live tem que melhorar o atendimento e suporte, que é abaixo da crítica, uma tremenda porcaria, atendimento engessado, tudo é 48h para resolver, isso quando não leva até semanas.

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