Foi marcado para o próximo dia 18 de março o segundo leilão reverso de telefonia móvel da Seja Digital. A entidade publicou edital para o certame nesta segunda-feira, 10, mirando a instalação de cobertura em mais 70 localidades desatendidas em 17 estados.
Os locais que poderão receber as novas estações rádio base (ERBs) foram definidos pelo Ministério das Comunicações (MCom), sendo que 28 das localidades estão no Maranhão. O projeto utiliza recursos remanescentes do leilão do 4G, realizado em 2014.
No modelo, as operadoras podem fazer um lance por localidade, sendo a proposta vencedora a que oferecer o menor valor para a instalação da ERB. O valor do lance será transferido pela Seja Digital às vencedoras, que devem utilizar rádios 4G já preparados para o 5G no projeto.
O valor máximo para as propostas definido em edital é de R$ 1,844 milhão para cada ERB. Assim, seriam cerca de R$ 129 milhões disponíveis, caso todas as localidades fossem atendidas pelo preço máximo.
Na primeira edição do leilão reverso, em outubro de 2024, foram contempladas 59 localidades ao custo de R$ 64,2 milhões para as empresas vencedoras. Na ocasião, houve 41% de deságio médio dos lances em relação ao teto proposto em edital e a Brisanet levou grande parte dos locais.
"Após os resultados da primeira edição, acreditamos no potencial deste novo leilão em atrair concorrência e assim ampliar o alcance do projeto para mais localidades", diz Fernando Araújo, gestor do projeto pela Seja Digital.
Agora, as operadoras de telefonia móvel interessadas em instalar e operar a infraestrutura que garante o acesso aos serviços poderão pedir esclarecimentos sobre o edital (confira o documento completo aqui) até o dia 6 de março e deverão manifestar interesse entre os dias 7 e 12 de março.
Gired
A publicação do edital ocorreu após sua aprovação pelo Gired, o grupo responsável pelas diretrizes do projeto. Ele é presidido pela Anatel e reúne representantes do Ministério das Comunicações, dos radiodifusores e das operadoras de telefonia vencedoras do leilão do
4G de 700 MHz, em 2014.
Os recursos para esse e os demais projetos realizados pela Seja Digital são oriundos do saldo remanescente de valores aportados pelas operadoras de telefonia como contrapartida ao leilão realizado em 2014, conforme determinações da Anatel e do Ministério das
Comunicações.
(Texto corrigido)
