eSIM e segurança com IA serão tendências para IoT em 2025, avalia Emnify

Imagem: Rawpixel/Freepik

O setor de Internet das Coisas (IoT) segue em trajetória de expansão no Brasil. O mercado nacional, inclusive, encerrou 2024 com 47,3 milhões de acessos nessa tecnologia, após avançar 10%. Vice-presidente de vendas Latam e diretor-geral no Brasil da Emnify, Carlos Campos contou ao TELETIME que esse crescimento deve continuar em 2025.

"Temos visto uma forte demanda não apenas no aumento do número de dispositivos conectados, mas também na diversificação de casos de uso, especialmente em soluções críticas que demandam alta disponibilidade e controle", afirmou Campos. 

O executivo argumentou que, com a continuidade da agenda regulatória da Anatel (com o novo PGMC), as operadoras terão maior flexibilidade para fornecer cobertura IoT ampla – facilitando a adoção desses dispositivos em áreas rurais e remotas e diversificando as aplicações.

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Entre as cinco tendências para IoT em 2025, segundo a Emnify, está o eSIM para IoT. Para Campos, a complexidade de gerenciar dispositivos IoT em múltiplas regiões, com diferentes redes e infraestruturas, deve ser atenuada pela adoção da tecnologia da tecnologia

"A tecnologia eSIM ajuda a simplificar a implementação global, o que traz escalabilidade, flexibilidade e segurança avançada", contou. Ele ressaltou ainda que o eSIM viabiliza o provisionamento remoto e a troca de redes sob demanda, reduzindo desafios logísticos e facilitando implantações em massa.

Redes convergentes

A provedora global de conectividade celular para IoT também aposta que a demanda por conectividade confiável em áreas urbanas e remotas exigirá redes convergentes, que integram tecnologias como celular (2G, 3G, 4G e 5G NSA), satélite e LPWAN.

"As opções tradicionais, como Wi-Fi ou celular, geralmente não são suficientes", afirmou Campos. Para ele, a combinação de múltiplas redes é "fundamental para conectar diversos dispositivos de maneira eficiente, independente do protocolo ou tecnologia utilizada".

Campos também acredita em uma maior exigência de autonomia e escalabilidade. As plataformas que permitem upgrades e downgrades autônomos, aliadas a interfaces de programação (APIs) padronizadas, vão ganhar destaque em 2025.

De acordo com o diretor, a capacidade de escalar volumes de chips IoT regional ou globalmente, sem impactos operacionais, é um "diferencial competitivo indispensável". "Ao capacitar clientes com autonomia e ferramentas para crescer sem limitações, garantimos que estejam prontos para os desafios do mercado moderno", disse.

Segurança com IA

Com bilhões de dispositivos conectados, a segurança cibernética também deve ser prioritária – e a inteligência artificial (IA) pode fazer a diferença dentro das organizações. Campos afirmou que inovações como firewalls avançados, microssegmentação de tráfego e sistemas de detecção de ameaças baseados em IA serão essenciais.

"À medida que as ameaças se tornam mais sofisticadas e elaboradas, as empresas devem ser proativas na proteção de suas redes de IoT. Até 2025, a integração de soluções de segurança orientadas por IA e a adoção de arquiteturas Zero Trust serão uma parte fundamental da manutenção de redes de IoT resilientes e seguras", analisou.

"As empresas estão buscando por parceiros que deem a elas todas as informações necessárias para garantir um bom serviço aos usuários, o que envolve manter uma comunicação aberta de incidentes e falhas, bem como informes de previsão, e ter acesso às funções como página de status de todos os elementos de rede em tempo real e parceria com fornecedores de dispositivos e plataformas", finalizou Campos, identificando a transparência como mais uma área de atenção.

Cenário global

TELETIME também perguntou ao executivo qual é o papel da América Latina no crescimento global da IoT em 2025. Para ele, a região está se posicionando como uma região estratégica nesse mercado global, com o Brasil liderando essa expansão.

"Com uma população já amplamente conectada, o desafio agora é acelerar a digitalização, em curso, em setores como agronegócio, energia, saúde e mobilidade urbana. O Brasil já se destaca por integrar IoT em soluções críticas, como monitoramento de safras, cidades inteligentes e eficiência logística e industrial", disse. 

Sobre o cenário global de disponibilidade de chips, Campos disse que esse é um desafio relevante. Ainda assim, ele afirmou que a indústria IoT tem mostrado resiliência ao utilizar alternativas novas arquiteturas de dispositivos e soluções de fabricação regional. 

"Desde primeiro trimestre de 2024, percebe-se uma melhora significativa da capacidade produtiva global, incluindo novas fábricas de semicondutores na América do Norte e na Ásia esperadas para o ano de 2025. Além disso, o uso de tecnologias mais eficientes, como eSIM programáveis (eUICC), podem reduzir a dependência de componentes físicos críticos", argumentou.

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