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Início COVID-19 Receio do coronavírus causa novos cancelamentos; MWC segue confirmada

Receio do coronavírus causa novos cancelamentos; MWC segue confirmada

MWC em Barcelona

Depois da Ericsson divulgar na última sexta-feira que não irá ao Mobile World Congress por receio da epidemia de coronavírus, mais empresas seguiram o mesmo caminho e anunciaram a ausência no evento da GSMA, que ocorrerá em Barcelona, na Espanha, entre os dias 24 e 27 de fevereiro. As desistências incluem Sony, Amdocs, CommScope, Nvidia, Viavi e a NTT Docomo, primeira grande operadora a tomar tal decisão.

A empresa japonesa comunicou a ausência em comunicado publicado nesta segunda-feira, 10. “A NTT Docomo está comprometida com a segurança de clientes, empresas parceiras e funcionários. Atualmente, o impacto do novo coronavírus está se expandindo. Considerando a segurança dos visitantes, empresas parceiras e expositores, decidimos cancelar a exposição”.

Também japonesa, a Sony classificou a medida de não comparecer ao evento como “uma decisão difícil” e anunciou que conduzirá sua coletiva de forma remota. Já a fabricante de chips norte-americana Nvidia anunciou sua retirada no final de semana, assim como a fabricante de equipamentos de testes e medição Viavi Solutions.

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“Depois de revisarmos todos os dados disponíveis, a Viavi optou por cancelar a participação no MWC Barcelona deste ano por conta da cautela e preocupação com nossos funcionários, clientes e parceiros”, afirmou a empresa, que vai buscar formas alternativas de cumprir os compromissos marcados para o evento.

No caso da fornecedora de software e serviços Amdocs, a ausência foi comunicada nesta segunda-feira. “Ainda que apreciemos as medidas de precaução adotadas pela GSMA, acreditamos que a opção mais segura é não participar do MWC 2020 em Barcelona”, afirmou o presidente e CEO da empresa, Shuky Sheffer.

A CommScope também destacou as medidas extra de segurança adotadas pela organização, mas optou pela desistência. “Embora a probabilidade de contrair o vírus seja baixa, não arriscaremos a saúde de nossos funcionários nem o impacto nos negócios que resultaria se uma quarentena fosse solicitada”, afirmou a companhia, também em comunicado.

Uma ausência reportada, mas não confirmada oficialmente é a da Amazon Web Services. Ainda assim, um porta-voz não identificado da empresa provedora de serviços de nuvem teria confirmado ao portal Cnet a ausência e o receio do coronavírus como motivação.

Antes da Ericsson, a LG já havia comunicado que não estaria no evento em Barcelona; já a chinesa ZTE anunciou uma redução em sua participação. Em nota publicada neste domingo, 9, a GSMA, organizadora do evento, reafirmou a realização do evento e disse que as principais fornecedoras chinesas já estão adotando medidas extra de segurança.

“A GSMA sabe que o coronavírus criou perturbações, especialmente para expositores e participantes de todo o mundo, incluindo os 5.000-6.000 (5-6%) que historicamente vêm da China. Nossa simpatia é com todos os afetados. Também somos gratos pelas medidas preventivas adotadas por nossos expositores chineses, principalmente a ZTE e a Huawei”, afirmou a entidade.

“Enquanto a GSMA confirma que alguns expositores de grande porte decidiram não comparecer este ano, com outros ainda contemplando os próximos passos, nós continuamos com mais de 2.800 expositores. […] A GSMA está tentando tranquilizar os participantes e expositores de que sua saúde e segurança são nossas principais preocupações”.

Em cooperação com as autoridades de saúde espanholas e outras agências, a associação anunciou uma série de medidas extra de proteção, incluindo a proibição de viajantes da província de Hubei (a mais afetada pelo coronavírus) no evento. Já todos os viajantes que estiveram na China precisarão provar que estão fora da país há pelo menos 14 dias, além de comprovar que não entraram em contato com ninguém infectado.

Um programa de limpeza e desinfecção em pontos-chave do evento também será implementado, além de um aumento na equipe médica, que dobrará. Outra medida adotada será a triagem de temperatura dos participantes. Apesar de todos os esforços, a GSMA relembrou que o ministério da saúde espanhol não considera a região da Catalunha como uma área de risco.

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