Base móvel brasileira sofre maior queda do ano em novembro

[Atualizada em 11/01] Com mais de 1,5 milhão de desconexões (recuo de 0,65%), a base móvel brasileira sofreu em novembro de 2018 sua maior queda desde dezembro de 2017 (quando caiu mais de 2,6 milhões de acessos), graças em grande parte a um número recorde de desligamentos em 3G. Segundo dados da Anatel, foram 4,622 milhões de acessos a menos somente entre outubro e novembro, um recuo de 7,55%. Com isso, a base brasileira total encerrou o penúltimo mês do ano passado com 231,827 milhões de acessos.

Por outro lado, o LTE adicionou 3,008 milhões de conexões somente entre outubro e novembro, um avanço de 2,87%. Foi o maior avanço desde maio (quando adicionou 3,231 milhões de linhas) e indica que boa parte dos chips 3G migraram para 4G. A operadora que mais capitalizou no avanço do LTE foi a Nextel, com uma atípica adição de 1,902 milhão de acessos somente no mês – um recorde também para a empresa, que teria mais do que dobrado a base (152,96% de avanço) em relação ao mês anterior, totalizando agora 3,145 milhões de conexões, ou 2,44% do mercado de quarta geração. A explicação para esse aumento exponencial está na categorização da tecnologia: em WCDMA, a Nextel perdeu 1,867 milhão de linhas, reduzindo toda a base 3G da empresa de 1,979 milhão de linhas em outubro para 112,5 mil em novembro. De acordo com a empresa, até o mês anterior, toda a base de acessos de São Paulo estava contabilizada para a tecnologia 3G. Agora, os acessos 4G da tele estariam corrigidos.

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Exceto a Oi, que reduziu em 0,03% sua base 4G (total de 20,903 milhões de acessos), as demais cresceram no mês. TIM, Vivo e Claro avançaram, respectivamente, 0,97%, 0,60% e 1,82%. A líder isolada ainda é a Vivo, com 40,142 milhões de acessos, seguida da TIM, com 33,967 milhões de linhas; e Claro, com 30,402 milhões de conexões.

Vale ressaltar, contudo, que desde julho do ano passado, a Algar não atualiza os números. A empresa continua apresentando os mesmos 1.289.852 acessos, dos quais 231 mil são em LTE; e 954,4 mil, em WCDMA. Nos meses anteriores, a operadora vinha demonstrando recuo na base, mas a atualização da base da mineira não deverá mudar a tendência de queda total e em 3G da base total brasileira.

Procurada por este noticiário, a Algar Telecom afirmou que, por indicação da Anatel, os dados estão sendo reprocessados. Assim que forem reapresentados, a agência divulgará a atualização. É importante lembrar que a Anatel atualiza alguns dados após a divulgação, inclusive de maneira retroativa, o que pode levar à correção dos números apresentados pela Algar e pela Nextel.

Nas demais tecnologias, nenhuma grande mudança. A base 2G continua caindo (2,26% no mês) e totalizou em novembro 24,924 milhões de acessos. Por sua vez, os acessos M2M Especial aumentaram em 2,04% e ficaram com 8,258 milhões de contratos no total. O M2M Padrão subiu mais (5,17%) e encerrou o mês com 10,868 milhões de conexões.

Mix

A base pré-paga perdeu 2,948 milhões de acessos (redução de 2,16%) somente entre outubro e novembro, e agora totaliza 133,377 milhões de linhas, ou 57,53% do total do mercado móvel brasileiro. Por outro lado, os acessos pós-pagos (incluindo planos controle) totalizam 98,449 milhões de conexões no penúltimo mês de 2018, um avanço de 1,428 milhão de acessos (1,47% de crescimento). Mantendo ritmo parecido, a base pós-paga poderá encerrar o ano com mais de 100 milhões de linhas pela primeira vez.

Pelo segundo mês consecutivo, a operadora que mais desligou acessos pré-pagos foi a Oi. Foram pouco mais de 1 milhão de desconexões em relação a outubro. Ainda assim, o mix da empresa é o que mais tende ao pré, conforme é possível visualizar no gráfico acima. Por sua vez, a Vivo se mantém como a única das grandes teles a contar com uma base pós-paga maior do que a pré-paga. TIM e Claro dividem as maiores bases pré-pago, com 35,945 milhões e 35,764 milhões de linhas, respectivamente.

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