Uma nova etapa parece estar se aproximando da realidade das empresas de telecomunicações, fabricantes de dispositivos e desenvolvedores de aplicativos e conteúdos: o momento em que as aplicações começarem a se integrar diretamente com a rede das operadoras. O que permitirá essa evolução é a abertura de API para redes, explica Kris Rinne, vice-presidente de arquitetura de rede e planejamento da AT&T. Ela participou de um painel durante a CES 2012 para discutir a evolução das redes móveis para a quarta geração. Para ela, existem muitas informações que as operadoras têm sobre a rede e sobre os usuários que podem ser compartilhadas com desenvolvedores de aplicativos em tempo real, por meio de APIs, para tornar a experiência de uso das redes mais rica e melhorar as aplicações.
Por exemplo, seria possível que os aplicativos móveis tirassem proveito, em tempo real, de informações sobre congestionamento nas redes, ou presença geográfica de outros assinantes, ou mesmo sobre a qualidade do tráfego de dados. Em troca, as operadoras podem participar de novos modelos de negócio.
Para Laura Merling, SVP de planejamento da Alcatel-Lucent, abrir APIs para o desenvolvimento de aplicações que interajam com a rede é tão importante quanto a integração dos aplicativos com os handsets e sistemas operacionais móveis. "As aplicações em rede são uma tendência", disse.
