O mercado financeiro interpretou de forma diversa a possível fusão entre a Telemar/Oi e a Brasil Telecom (BrT). As ações da Telemar ficaram durante todo o dia entre as maiores altas, indicando uma avaliação positiva tanto da posição da tele numa eventual aquisição quanto no processo de reestruturação da empresa em direção ao Novo Mercado. Segundo Alex Pardellas, analista do Banif Primus, as ações da Telemar já estavam defasadas há algum tempo e o anúncio das conversas para uma fusão puxou os papéis para cima. Já os acionistas minoritários da BrT avaliam que o preço oferecido pela Oi está abaixo da cotação justa, e por isso os papéis da Brasil Telecom despencaram.
Se a proposta da Oi pela BrT de R$ 4,8 bilhões for confirmada (cerca de R$ 70 por ação de controle), as ações ON da BrT nas mãos dos minoritários valeriam R$ 56 em função do tag along, com um upside pequeno frente a cotação média de R$ 51 a R$ 53 do preço médio negociado nos últimos dias. Já as ações preferenciais estariam cotadas a R$ 27, abaixo da média de seu valor de mercado em torno de R$ 28 por ação, diz Alexandre Constantini, do Deutsche Bank. Para Pardellas, o papel da BrT P4 (ON) ainda pode registrar alta a curto prazo devido ao tag along.
Para os analistas, o processo de fusão não deve demorar, porque o governo vem dando sinais de que não vai criar obstáculos ao processo.
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