A Alares está iniciando a partir de Natal (RN) a oferta de pacotes de banda larga residencial com equipamentos Wi-Fi 7, em projeto com expansão comercial prevista para 2025 e que também envolve a ampliação da tecnologia XGS-PON nas redes de fibra da empresa.
Os novos planos (batizados de Alares Pro) incluem pacote de Internet residencial com 2 Gbps e Wi-Fi 7, além de alternativas de 1 e 1,5 Gbps com equipamentos Wi-Fi 6. O pontapé inicial ocorre em seis bairros da capital potiguar (Lagoa Nova, Petrópolis, Tirol, Ponta Negra, Capim Macio e Via Costeira), com preços no lançamento variando entre R$ 139 e R$199.
Já no segmento corporativo haverá opções customizáveis de até 10 Gbps e velocidades simétricas de download e upload. Nos dois casos, o perfil das ofertas é possível após a atualização de equipamentos de redes fixas da Alares com a tecnologia XGS-PON, até então restrita a algumas cidades do interior paulista (como Limeira, Rio Claro, Atibaia e Araras).
Segundo o CEO da Alares, Denis Ferreira, o movimento permite que a operadora seja "pioneira" na comercialização do Wi-Fi 7 no País. A empresa está mapeando cidades para ampliação das novas ofertas no primeiro trimestre de 2025, inclusive fora de capitais (hoje a operadora atua em 228 cidades de sete estados) e seguindo a adoção do XGS-PON, explicou o CEO.
No mercado residencial, a fornecedora dos equipamentos Wi-Fi 7 para a casa do cliente é a ZTE. Hoje, o aparelho teria um custo aproximado de R$ 1,2 mil. No B2B, rádios da Huawei e da Ubiquiti compõem a oferta da Alares e foram inclusive utilizados na conectividade do evento Carnatal, onde a empresa buscou fazer uma vitrine das capacidades do Wi-Fi 7.
6 GHz
"O Wi-Fi 7 se destaca por oferecer velocidades de conexão significativamente superiores, menor latência, capacidade avançada de gerenciamento de espectro e resiliência em ambientes com alta interferência", apontou o CTO da Alares, Décio Feijó. Para tal, os equipamentos se valem das faixas de 2,4 GHz, de 5 GHz e o 6 GHz.
Os recursos têm apelo direto entre assinantes com perfil gamer, investidor ou produtor de conteúdo, por exemplo, além de pequenos negócios. Em um futuro próximo, há expectativa que as velocidades simétricas de download e upload – algo já presente em ofertas B2B – também possam integrar ofertas para o residencial.
Vale lembrar que nos rumos da nova geração de redes Wi-Fi, o destino do espectro de 6 GHz é considerado um aspecto essencial. Hoje, a faixa completa está destinada para uso não licenciado deste gênero, mas há movimentação da Anatel para destinar metade da capacidade para redes móveis.
Ao TELETIME, Décio Feijó defendeu a importância de uma "longevidade" para a decisão tomada pela agência em 2020, com manutenção do status da faixa. Segundo ele, o 6 GHz será relevante para permitir um incremento contínuo na experiência de clientes, sobretudo em cenário de demanda crescente por atributos mais robustos e surgimento de novas aplicações.
Já Denis Ferreira recorda que a qualidade dos serviços de banda larga deve ser um dos temas relevantes para ISPs em 2025, em meio ao acirrado cenário competitivo entre os provedores de banda larga. A Alares encerrou o último mês de outubro com 777 mil assinantes do serviço, além de seguir uma trilha de aquisições que teve a provedora paulista Azza como último grande alvo.
(O jornalista viajou para Natal convidado pela Alares)